
Neymar não cumpriu a promessa de dedicar ao presidente e ex-candidato Jair Bolsonaro (PL) seu primeiro gol na Copa do Mundo do Catar. O jogador prometeu a homenagem durante a campanha nas últimas eleições. No entanto, o atacante da Seleção Brasileira não fez o sinal do número 22 (código de urna da campanha de Bolsonaro) depois de estrear no balanço da rede no jogo contra a Coreia do Sul nesta segunda-feira (5).
Neymar fez a promessa e declarou apoio a Bolsonaro, o que foi motivo de duras críticas ao camisa 10 da seleção que marcou o segundo gol da equipe na partida. Ao invés de fazer o 22, preferiu dançar e comemorar com os companheiros e ir às arquibancadas abraçar o jogador Alex Telles, que sofreu uma lesão e foi retirado do torneio mundial.
No dia 22 de outubro, em uma live de campanha de Bolsonaro, o jogador comentou sobre seu anseio de ganhar a copa e de que o candidato vencesse as eleições. “A Copa está próxima. Seria tudo maravilhoso, Bolsonaro reeleito, Brasil campeão e todo mundo feliz“, declarou durante a conversa que incluía Carla Cecato como apresentadora.
Desde a divulgação dos resultados e, consequentemente, da derrota de Bolsonaro nas eleições o candidato se manteve majoritariamente recluso e sem fazer o reconhecimento explícito da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Não se sabe se o motivo pela desistência da promessa de Neymar a Bolsonaro se deve ao respeito ao silêncio do político ou reação às críticas e a enxurrada de memes que surgiram relacionando a lesão do jogador à associação ao atual presidente. Ao final, o jovem de 30 anos decidiu por manter o posicionamento político fora do campo.