QUEBRA DE PROTOCOLO

“O presidente me escolheu porque eu estou levando o maior cheque”, diz Tarcísio após Lula pedir discurso

“Mas de fato, a gente fica muito satisfeito de ver esses projetos viabilizados. O PAC é um instrumento para isso. São projetos importantes para todos os estados que estão aqui presentes”, destacou o governador

Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto para anúncio de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quebrou o protocolo e reclamou, fora do microfone, que nenhum governador dos estados contemplados estava agendado para um discurso e convocou o chefe do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a tomar o palanque para agradecer o repasse ao governo.
Tarcísio de Freitas e Lula em cerimônia para anúncio de projetos do PAC – Créditos: Canal Gov/Reprodução)

Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto para anúncio de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quebrou o protocolo e reclamou, fora do microfone, que nenhum governador dos estados contemplados estava agendado para um discurso e convocou o chefe do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a tomar o palanque para agradecer o repasse ao governo.

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“Acho que o presidente Lula me escolheu porque eu estou levando o maior cheque. Deve ser por isso”, começou o governador, em tom de brincadeira. “Mas de fato, a gente fica muito satisfeito de ver esses projetos viabilizados. O PAC é um instrumento para isso. São projetos importantes para todos os estados que estão aqui presentes”, continuou.

Tarcísio ainda ressaltou a geração de empregos que o programa proporciona: “Ou seja, projetos que vão gerar, como o ministro Rui [Costa] falou, compra de material de construção, vão movimentar o comércio, vão movimentar a indústria, vão gerar emprego. São mestres de obras, são carpinteiros, são armadores, que terão oportunidade de trabalhar”.

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Por último, o governador citou a negociação de um empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a finalização do projeto de construção do trem entre São Paulo e Campinas.

“Quando a gente estava negociando este financiamento no BNDES, tive oportunidade de conversar com o presidente Mercadante da esperança que isso trazia, um projeto que é muito antigo e que agora está sendo viabilizado. Estamos com leilão marcado para fevereiro e vamos ter o primeiro trem de média velocidade do Brasil fazendo ligação entre essas cidades e com certeza, isso estimula outras cidades a buscar o mesmo caminho. E já estamos estruturando o trem Sorocaba-São Paulo”.

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Por sua vez, Lula utilizou seu espaço de fala para criticar a taxa básica de juros (Selic) estabelecida pelo Banco Central, de 12,25%. Em uma reunião prevista para a próxima quarta-feira (13), a taxa Selic deve ser reduzida para 11,75%.

“Nós temos que ir atrás em algum lugar nós temos que ter, nós temos que mexer com o coração do presidente do Banco Central reduza um pouco os juros porque as pessoas estão querendo tomar dinheiro emprestado. Os governadores podem ajudar fazer, fazer pressão, vamos baixar os juros”, afirmou o presidente.

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