A Polícia Federal (PF) apreendeu equipamentos e destruiu um acampamento de garimpeiros ilegais que voltaram para a Terra Yanomami. Novas operações começaram nesta terça-feira (16); entre os utensílios apreendidos estão armas, radiocomunicadores, munição e coletes à prova de bala. Não houve prisões.
A ação ocorre num momento em que a emergência sanitária declarada pelo governo federal na região está perto de completar um ano.
Segundo a PF, os agentes estão atrás de garimpeiros que permanecem na área mesmo depois das operações de 2023 ou que voltaram à maior reserva indígena do país neste período. O garimpo ilegal é uma das causas da crise de saúde na Terra Yanomami.
Além das ações por terra, agentes policiais também fizeram um sobrevoo para mapear locais de invasão dentro do território.
Esta operação é a primeira desde que o governo federal anunciou, no último dia 10, “ações permanentes” na Terra Yanomami. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, informou que serão tomadas medidas para acompanhar a execução de ações e políticas públicas no território.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a fazer uma reunião com ministros no Palácio do Planalto na semana passada para avaliar as ações tomadas e definir novas medidas para os Yanomami. Ele disse que a situação dos indígenas é tratada como “questão de Estado”.
Ficou determinado que a presença das Forças Armadas e da Polícia Federal será permanente na região. A Casa Civil anunciou ainda investimentos de R$ 1,2 bilhão para “ações estruturantes” em 2024. O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, avaliou o momento da reunião e a visita como “emblemáticos”.
“Enquanto os Yanomami estiverem em risco, o povo brasileiro inteiro está em perigo”, acrescentou o ministro.
🚔#OPERAÇÃOPF | Polícia Federal deflagra a Operação Gameleira, para desarticular grupo criminoso que praticava crimes de mineração ilegal, usurpação de bens da União, porte ilegal de explosivos e associação criminosa armada.
Mais de 70 policiais participam da operação.➡️Saiba… pic.twitter.com/ovTk6UoMNz
— Polícia Federal (@policiafederal) January 17, 2024