CÂMARA DOS DEPUTADOS

PF faz operação contra suposta espionagem ilegal na Abin; Alexandre Ramagem é alvo

Ao todo, os agentes policiais cumprem 21 mandados de busca e apreensão: 18 em Brasília (DF), 1 em Juiz de Fora (MG), 1 em São João del Rei (MG) e 1 no Rio de Janeiro

PF faz operação contra suposta espionagem ilegal na Abin; Alexandre Ramagem é alvo
O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) – Crédito: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta quinta-feira (25), 21 mandados de busca e apreensão. Um dos alvos é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Os agentes também cumprem medidas cautelares diversas de prisão.

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Há buscas sendo conduzidas no gabinete de Alexandre Ramagem e no apartamento funcional da Câmara dos Deputados, atualmente ocupado por ele.

A Operação Vigilância Aproximada investiga organização criminosa que teria se instalado na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.

O crime, segundo as investigações, envolvia o uso de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis (celulares e tablets, por exemplo) sem autorização judicial e sem o conhecimento do próprio monitorado.

Os nomes dos alvos não foram divulgados. Segundo a PF, além das buscas, há outras medidas alternativas à prisão sendo cumpridas, incluindo a suspensão imediata de sete policiais federais supostamente envolvidos no monitoramento ilegal.

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Ao todo, a PF cumpre 21 mandados de busca e apreensão. São 18 em Brasília (DF), 1 em Juiz de Fora (MG), 1 em São João del Rei (MG) e 1 no Rio de Janeiro.

A operação desta quinta foi chamada de “Vigilância Aproximada” e é um desdobramento da operação “Primeira Milha”, iniciada em outubro de 2023 para investigar o suposto uso criminoso da ferramenta “FirstMile”.

O mau uso dessa tecnologia de espionagem, desenvolvida pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint), foi revelado em março de 2023 pelo jornal O Globo.

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A investigação da PF apontou que o software comprado pelo governo usava dados de GPS para monitorar irregularmente a localização de celulares de servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes.

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