alterações propostas pelo MEC

Proposta do ensino médio chegará ao Congresso até setembro

O governo quer a aprovação do projeto no Legislativo até o fim do ano

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(Crédito: Reprodução / Twitter)

O ministro da Educação, Camilo Santana, prometeu encaminhar até o início de setembro um projeto de lei para o Congresso Nacional para alterar a reforma do ensino médio.

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As alterações propostas pelo MEC (Ministério da Educação), apuradas e reveladas pela Folha, preveem redução pela metade da carga horária do ensino médio destinada à parte diversificada do currículo e redução de quatro para duas as opções de áreas de aprofundamento a serem escolhidas pelos alunos, além do ensino técnico.

Em entrevista coletiva em Brasília, na última segunda-feira (7), o ministro estipulou até dia 21 de agosto para que o MEC dialogue com redes de ensino e entidades em torno da proposta. O Consed, órgão que reúne os secretários de educação dos estados, havia se posicionado contra alterações mais profundas no ensino médio, mas tem dialogado com o ministro.

“Até o dia 21 vamos poder consolidar e finalizar a proposta e a partir daí remeter ao Congresso Nacional. Vamos dialogar com as duas casas do Congresso [Câmara e Senado]”, disse Santana.

O ministro afirmou que o Enem não será alterado antes de 2025. Dessa forma, o exame terá o mesmo formato ao menos até 2024, principal porta de entrada para o ensino superior. O governo quer a aprovação do projeto no Legislativo até o fim do ano.

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Novo Ensino Médio

A proposta foi efetivada em 2017, no governo Michel Temer (MDB), com isso a reforma flexibilizou o currículo do ensino médio, prevendo uma parte comum a todos os alunos e outra diversificada, a partir dos chamados itinerários formativos.

A implementação tem provocado fortes reclamações de alunos, professores e especialistas, que indicam inviabilidade de aplicação do previsto na legislação.

Com as críticas, o governo Lula correu para reduzir o desgaste do governo com o tema. Com isso, o MEC editou em abril uma portaria que suspendeu o cronograma de implementação do novo ensino médio, principal efeito prático foi sustar a previsão de mudança no Enem em 2024. No mês anterior, a pasta havia criado uma consulta pública.

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