parceria estratégica

Relação entre o Brasil e a França passa por “relançamento”

Conforme a viagem de Emmanuel Macron se aproxima, os interlocutores do governo francês mencionam que o país está experimentando “verdadeiramente um momento brasileiro”

A relação entre o Brasil e a França passa por um processo de revitalização no governo atual, segundo fontes do Palácio do Eliseu.
Emmanuel Macron – Crédito: Sean Gallup/Getty Images

A relação entre o Brasil e a França passa por um processo de revitalização no governo atual, segundo fontes do Palácio do Eliseu. Isso se dá após um período de quatro anos de relações estagnadas durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Conforme a viagem de Emmanuel Macron ao Brasil se aproxima, os interlocutores do governo francês mencionam que o país está experimentando “verdadeiramente um momento brasileiro”.  Macron está programando uma série de visitas ao Brasil, além da viagem marcada entre os dias 26 e 28 de março, que abrange várias cidades brasileiras.

Ele retornará em novembro deste ano para participar da cúpula do G20 e novamente em novembro de 2025 para a COP 30. Os interlocutores destacam também os contatos frequentes entre os dois presidentes durante as cúpulas internacionais.

“Nós estamos verdadeiramente em um relançamento da relação bilateral e da parceria estratégica com o Brasil, que o próprio presidente Lula lançou durante seus dois primeiros mandatos”, indicaram fontes do Eliseu.

O governo brasileiro informou à CNN que há uma previsão de que o Brasil e a França assinem dez acordos bilaterais durante a viagem. Ainda, vale ressaltar que esses acordos devem abranger áreas como gestão pública, meio ambiente, cooperação transfronteiriça para segurança na fronteira com a Guiana Francesa, direitos humanos, saúde e reformas na governança global. Além disso, a França também expressa apoio ao pleito do Brasil por um assento no Conselho de Segurança da ONU.

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No entanto, os franceses veem o acordo principal de interesse brasileiro, que seria entre Mercosul e União Europeia, como um ponto delicado. Os representantes destacam que o assunto é de responsabilidade do bloco europeu. Nesse sentido, os países não devem discutir o tópico em encontros bilaterais. Esta será a abordagem adotada por Macron para evitar discutir o tema, o qual representa uma das principais divergências entre os dois líderes, juntamente com a situação na Ucrânia.

Quanto ao combate ao desmatamento na Amazônia, outro ponto de interesse na relação, a França tem salientado os avanços obtidos na gestão de Lula. Esse deve ser um dos principais pontos de debate na viagem. “Nós observamos progressos substanciais no tema do desmatamento, que se traduzem em uma redução enorme dos alertas de desmatamento na Amazônia, ainda que a situação no Cerrado seja mais complexa”, relataram as fontes.

Os representantes franceses também afirmam estar de acordo com a perspectiva de Lula de que a preservação ambiental deve ser acompanhada pela diminuição da desigualdade social.

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*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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