
A relatora da CPI dos Atos Golpistas, Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou nesta terça-feira (6) o plano de trabalho que ela elaborou para o colegiado. O plano foi criado para investigar os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. Nos anexos do documento, Eliziane propõe que 37 pessoas sejam ouvidas pela comissão.
Muitos destes nomes são próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro, como ministros e pessoas que ocupavam outros cargos na administração federal. Entre eles, constam os nomes do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL); o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública do DF no dia dos atos golpistas; os ex-ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa, Braga Netto. Os pedidos propostos por Eliziane Gama ainda precisam ser votados pelos integrantes da CPI.
A lista não contém o nome do ministro da Justiça, Flávio Dino, mas Eliziane já antecipou que ele deve ser ouvido em algum momento dos trabalhos da CPI.
Veja a lista da CPI dos Atos Golpistas:
1-Adauto Lucio de Mesquita, empresário suspeito de ser financiador;
2- Ainesten Espírito Santo Mascarenhas, empresário suspeito de ser financiador;
3- Ailton Barros, ex-major próxmo de Bolsonaro;
4- Alan Diego dos Santos, condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto;
5- Albert Alisson Gomes Mascarenhas, suspeito de participar dos atos;
6- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
7- Antônio Elcio Franco Filho, coronel e ex-integrante do governo Bolsonaro;
8- Argino Bedin, empresário suspeito de ser financiador;
9- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
10- Diomar Pedrassani, empresário suspeito de ser financiador;
11- Edilson Antonio Piaia, empresário suspeito de ser financiador;
12- Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF;
13- Fernando de Souza Oliveira, ex-Secretário Executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal;
14-George Washington de Oliveira Sousa, condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto;
15- Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP);
16- Jeferson Henrique Ribeiro Silveira, motorista do caminhão-tanque onde foi colocada a bomba;
17- Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal;
18- Jorge Teixeira de Lima, Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
19- José Carlos Pedrassani, suspeito de ser financiador;
20- Joveci Xavier de Andrade, suspeito de ser financiador;
21- Júlio Danilo Souza Ferreira, ex-secretário de segurança do DF;
22- Leandro Pedrassani, suspeito de ser financiador;
]23- Leonardo de Castro Cardoso, Diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal;
24- Marcelo Fernandes, Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
25- Márcio Nunes de Oliveira, ex-Diretor-Geral da Polícia Federal;
26- Marco Edson Gonçalves Dias, ex-Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
27- Marília Ferreira de Alencar, então Subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal;
28- Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
29- Milton Rodrigues Neves, Delegado da Polícia Federal;
30- Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e ex-chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF;
31- Ricardo Garcia Cappelli, ex-ministro interino do GSI;
32- Roberta Bedin, suspieta de ser financiadora;
33- Robson Cândido da Silva, Delegado-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
34- Silvinei Vasques, ex-Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal;
35- Wellington Macedo de Souza, suspeito de envolvimento no episódio da bomba;
36- Valdir Pires Dantas Filho, Perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
37- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.
Acabo de ler o documento que orientará os trabalhos da #CPMI. Busco atuação imparcial e comprometida pela verdade dos fatos. Não caberá aqui discussão movida por questões partidárias e p/ atacar o governo ou a oposição. Fatos são fatos e provas admissíveis são o foco da Comissão.
— Eliziane Gama (@elizianegama) June 6, 2023