O governado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reuniu-se com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na última terça-feira (30), para discutir a construção do túnel subaquático que conectará as cidades litorâneas de Santos e Guarujá.
No Palácio do Planalto, em Brasília, Tarcísio afirmou que a conversa entre os dois políticos foi “muito boa”. “A gente vai dar um grande exemplo de trabalho conjunto, o governo federal e o estado de São Paulo”, completou.
Apesar das distintas visões sobre a privatização, as partes concordaram em uma parceria público-privada para o desenvolvimento da obra. O governador, que sempre defendeu ativamente a interferência de empresas privadas no estado, aproveitou para lamentar a não privatização do Porto de Santos.
“Eu acredito que a desestatização traria muito investimento, investimento rigoroso. Deixa o Porto de Santos em outra condição em termos de competitividade. Mas, enfim, a gente tem que respeitar também a opção política de quem está hoje à frente do governo federal. Eu respeito”, destacou.
De acordo com o presidente, outros assuntos também estavam em pauta, como o trem São Paulo-Campinas e a inauguração de mais Institutos Federais no estado. “Queremos construir 100 novos IFs em todo o Brasil ainda no nosso mandato. É o governo federal atuando com todos os governadores para melhorar a vida das pessoas”, escreveu em comunicado.
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Túnel Santos-Guarujá
A princípio, o leilão para a concessão da obra ocorrerá em novembro deste ano. Segundo Tarcísio, o túnel levará três anos para ser construindo, com previsão de inauguração para 2028.
O trecho terá 860 metros de extensão e pretende diminuir o tempo de trajeto entre as duas cidades de uma hora para dois minutos.
Como resultado de sua construção, o túnel, de acordo com o governador, custará aproximadamente R$ 6 bilhões, divididos entre os Governos Federal, Estadual e a empresa privada. “Seriam 5,4 [bilhões] de contrapartida pública, R$ 2,7 bi pro governo federal e R$ 2,7 bi pro governo estadual”, calculou. Desse modo, o resto seria arcado pela iniciativa privada.