PRESIDENTE DO PL

Valdemar Costa Neto diz que havia propostas golpistas ‘na casa de todo mundo’

Segundo o político, ele também recebeu sugestões do gênero, mas tomou “cuidado” ao triturar os papéis.

valdemar-costa-neto-diz-que-havia-propostas-com-teor-golpista-na-casa-de-todo-mundo
Valdemar Costa Neto (Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil)

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, afirmou hoje (27) durante uma entrevista ao jornal O Globo que vários membros e interlocutores do governo do ex-presidente tinham propostas golpistas, como a minuta encontrada pela Polícia Federal na casa do ex-ministro Anderson Torres.

Publicidade

Aquela proposta que tinha na casa do ministro da Justiça, isso tinha na casa de todo mundo. Muita gente chegou para mim agora e falou: ‘Pô, você sabe que eu tinha um papel parecido com aquele lá em casa. Imagina se pegam’“, disse.

Segundo ele, também recebeu sugestões do gênero, mas tomou “cuidado” ao triturar os papéis.

Ele [Bolsonaro] nunca falou nesses assuntos comigo. Um dia eu falei: ‘Tudo que temos que fazer tem que ser dentro da lei.’ Ele falou: ‘Tem que ser dentro das quatro linhas da Constituição’. Nunca comentei, mas recebi várias propostas, que vinham pelos Correios, que recebi em evento político“, completou.

Tinha gente que colocava [o papel] no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar. Vi que não tinha condições, e o Bolsonaro não quis fazer nada fora da lei“, prosseguiu Costa Neto. 

Publicidade

O presidente do PL foi questionado novamente por O Globo se esses documentos circulavam dentro do governo. A resposta foi positiva.

Direto. Teve advogada que veio conversar comigo dizendo que tinha uma saída. Eu dizia: ‘Põe no papel e manda para cá’. E eu não dava bola, porque eu sabia que não tinha. E o Bolsonaro não fez. O pessoal queria que ele fizesse errado“, falou o político ao jornal.

A legenda que lidera, o PL, foi multado no ano passado, após o segundo turno das eleições, em R$ 22,9 milhões pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por tentar questionar, sem qualquer prova, o resultado das eleições presidenciais na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu vitorioso.

Publicidade

 

Publicidade
Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.