Um estudo recente publicado no Jornal da Academia de Nutrição e Dietética investigou os efeitos do consumo de abacate nos fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Os pesquisadores revisaram 10 estudos, incluindo um de coorte prospectivo e nove ensaios clínicos randomizados, envolvendo 503 participantes que relataram os efeitos do consumo de abacate em diversos momentos.
Além disso, entre os participantes dos estudos revisados, três incluíram exclusivamente mulheres, enquanto quatro envolveram indivíduos com sobrepeso/obesidade, dois recrutaram pessoas com hipercolesterolemia e outros dois recrutaram indivíduos diabéticos com hipertrigliceridemia.
A duração dos estudos variou de três a 24 semanas, e as doses de abacate administradas variaram de 99 gramas a 330 gramas por dia. Além das dietas de intervenção e controle, diferentes regimes alimentares foram utilizados, como dietas moderadas em gordura, dietas habituais, dietas ricas em ácidos graxos mono-insaturados e dietas com restrição energética.
O que diz o novo estudo?
Os resultados sugerem que os consumidores de abacate na Austrália e nos Estados Unidos (EUA) tiveram maior ingestão de gorduras insaturadas, vitamina E, fibras, potássio e magnésio, além de reduzir a ingestão de alimentos não saudáveis.
Embora não tenham sido observadas diferenças significativas nos níveis de colesterol ruim (LDL) e triglicerídeos entre os grupos, o consumo de abacate mostrou-se associado a uma diminuição significativa do colesterol total em determinados subgrupos, como indivíduos hipercolesterolêmicos.
No entanto, não houve diferenças significativas nos níveis de colesterol bom (HDL). Esses resultados sugerem que o abacate pode desempenhar um papel benéfico na saúde cardiovascular, especialmente quando incorporado em uma dieta equilibrada.
* Sob Supervisão de Lilian Coelho