
Com quase 6,3 milhões de casos prováveis de dengue, dos quais mais de 3 milhões foram confirmados em laboratório, o Brasil é o país com mais notificações da doença em 2024. A América Latina concentra o topo da lista de monitoramento. Argentina segue com 420 mil casos prováveis, Paraguai com 257 mil, e Peru com aproximadamente 200 mil.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), já foram registrados este ano um total de 7,6 milhões de casos prováveis de dengue globalmente, com 3,4 milhões confirmados em laboratório. O painel de monitoramento da OMS também indica mais de 3 mil mortes causadas pela doença. Atualmente, há transmissão ativa de dengue em 90 países.
A OMS destacou que, embora tenha havido um aumento substancial nos casos de dengue globalmente nos últimos cinco anos, o crescimento foi especialmente acentuado na região das Américas, onde o número de casos superou 7 milhões no final de abril, excedendo os 4,6 milhões de casos reportados durante todo o ano de 2023.
A organização também alerta que os quatro sorotipos de dengue foram detectados nas Américas este ano. De acordo com a OMS, pelo menos seis países da região – Brasil, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México e Panamá – relataram a circulação simultânea de todos os quatro sorotipos.
Diagnósticos errados da dengue
Dengue, chikungunya e zika são todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, e provocam sintomas semelhantes. Consequentemente, não são incomuns os episódios de diagnósticos equivocados. o que, segundo a entidade, pode resultar em diagnósticos equivocados.
“Os sistemas de vigilância que visam especificamente a transmissão endêmica de chikungunya e zika são fracos ou inexistentes em muitos países”, reforçou a entidade. “Existem diferenças importantes entre essas doenças em relação a populações de risco, gestão de pacientes e utilização de recursos de saúde”, alerta a OMS.
Ainda segundo a organização, a Zika é particularmente perigosa para mulheres grávidas pela associação com casos de microcefalia. “A expansão da vigilância para monitorar simultaneamente os três vírus pode ajudar autoridades de saúde pública a determinar com precisão o verdadeiro fardo de cada doença, refinar as avaliações de risco e otimizar a gestão clínica e a atribuição de recursos para intervenções de saúde pública mais eficazes.”
Quanto à vacinação, a OMS considera a vacina contra a dengue parte de uma estratégia integrada de combate à doença, que inclui também o controle de vetores, o manejo adequado dos casos e o engajamento comunitário.