
Segundo um estudo liderado por pesquisadoras do IOC/Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz) e divulgado nesta quarta-feira (29), o Brasil tem potencial para ser o berço de novas endemias e pandemias. Isso se dá por conta, principalmente, do desmatamento da Floresta Amazônica.
A publicação foi feita na revista científica Science Advances e afirma que a biodiversidade do território brasileiro tem chances de servir como incubadora de doenças infecciosas que circulam entre animais e podem ser transmitidas para os seres humanos. O desmatamento e a caça de animais contribuem para que humanos tenham contato com estes tipos de zoonoses.
Outro problema seria o controle destas doenças. A pesquisadora Gisele Winck, 1ª autora do estudo, destaca que em um país continental como o Brasil a fiscalização sanitária de surtos, endemias e pandemias é mais complicada:
“O que define se o surgimento de uma zoonose será um surto local, epidemia ou pandemia é como iremos lidar com a situação. Temos que pensar em como faremos um monitoramento eficiente de um país grande e diverso como o nosso.”
De acordo com o estudo, os estados brasileiros que apresentam menor risco de zoonoses são: Alagoas, Ceará, Goiás, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Desmatamento e caça ilegal podem causar novas epidemias no Brasil, diz estudo da Fiocruz https://t.co/ZRtzQQusr1 pic.twitter.com/glajxv950L
— Infovegbr (@infovegbr) June 29, 2022