
A média móvel de internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em São Paulo por Covid-19 voltou a crescer após seis meses de queda.
O número de pacientes internados diminuiu gradativamente ao longo do segundo semestre de 2021. Em junho, havia 11 mil internados. O número passou para 3 mil em agosto, então para 1.600 em outubro, e 1.000 em novembro.
Entretanto, segundo a Fundação Sedae, desde o dia 22 de dezembro, o índice de internações voltou a crescer.
Apesar do aumento, o número de internados ainda é menor do que o registrado no início do mês. São 1.014 pacientes em UTI nesta quinta (30), contra 1.048 no começo de dezembro.
Em entrevista à TV Globo, Renato Coutinho, professor da Universidade Federal do ABC e membro do Observatório Covid-19 BR, afirmou que o aumento internações por Covid é maior na capital paulista.
“A gente vê um aumento de hospitalizações no município de São Paulo que coincide com a entrada da ômicron. A gente não tem como afirmar com certeza que esse aumento é devido à ômicron, porque pode ser também influenciada também pela Influenza, pode ter outros fatores também. Tem mais gente se aglomerando, mas é evidência forte que isso pode estar acontecendo já”, disse Renato.
Contudo, a Secretária de Saúde de São Paulo negou o aumento nas internações e destacou que a ocupação nas UTIs e enfermarias no estado ainda está abaixo da registrada no pico da pandemia.
“A Secretaria de Estado de Saúde mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todas as regiões e reforça a queda de indicadores da pandemia, como é possível perceber pelo número de pacientes internados. A taxa de ocupação hoje (30) no estado é de 23,4 % de UTI e 21,8%, em enfermaria, inferiores aos atingidos no pico da pandemia, quando a ocupação de UTIs chegou a ultrapassar 90%”, disse a secretaria, em nota.