Zijie Zhang, diretor médico da farmacêutica chinesa Sinovac, disse ao jornal Valor Econômico que, ele acredita que a população terá que usar máscaras contra o coronavírus “no mínimo, por pelo menos mais dois anos, talvez três.”
Há três meses trabalhando dentro do Instituto Butantan, em São Paulo, devido a parceria do laboratório com o governo paulista, em conjunto, desenvolveram a vacina CoronoVac.
Zhang disse que, com a descoberta da variante, Ômicron coloca desafios e salienta o quanto é importante tomar a dose de reforço. Dados iniciais que foram revelados na última sexta-feira mostram que a eficácia do imunizante contra infecções sintomáticas é menor contra a ômicron para quem recebeu as duas doses, mas que tomando uma terceira dose (Pfizer e Moderna) a proteção pode ser aumentada em mais de 70%.
“Precisamos que a população tome os reforços. Veja, no continente africano somente 10% das pessoas tomaram a vacina. E mesmo nos EUA menos de 40% tomaram as doses de reforço. A melhor maneira de reduzir a transmissão é tomando o reforço.”
Se duas doses protegem por seis meses, talvez o reforço possa proteger por um ano. É o que estamos estudando”, acrescentou ele.
Na semana passada, a Sinovac anunciou que está trabalhando em uma adaptação da CoronaVac para combater o Ômicron. E tem a previsão que seja concluída em três meses a pesquisa.
Outras empresas já começaram a trabalhar para adaptar suas vacinas, como a Moderna e a Pfizer.
Zhang lembrou que as farmacêuticas desenvolveram vacinas para a variante delta também, mas viram que os imunizantes ainda desempenham um bom papel contra ela. “A taxa de proteção era muito similar entre a vacina desenvolvida para a delta e as outras. Em termos de proteção vacinal, a delta não era tão perigosa”, explicou.
“Já a ômicron possui mais mutações e pode reduzir rapidamente os anticorpos das vacinas. É por isso que essa variante pode ser mais problemática que as anteriores.”
Até o momento, a nova variante ômicron, já foi identificada em mais de 40 países, e que algumas nações adotaram algumas restrições.
As orientações continuam nas mesas para evitar infecções, além da vacinação completa e a de reforço. Manter distanciamento, lavar as mãos, usar máscaras e evitar lugares fechados ou com aglomeração.
A Sinovac está com suas ações suspensas na Nasdaq desde o início de 2019. Até hoje, a empresa não publicou todas as fases dos estudos sobre a Coronavac e tampouco obteve aprovação definitiva da Anvisa. Mesmo assim, o jornal vai falar com eles e publica isso aqui. É angustiante. pic.twitter.com/4XXpZINyND
— Leonardo Coutinho (@lcoutinho) December 13, 2021