Após ser chamada de preguiçosa por muitos anos, a americana Alyssa Davis, 26, foi diagnosticada raro distúrbio do sono, a hipersonia idiopática. A jovem descreve a doença como uma “exaustão constante e profunda que muitas vezes turva os limites da minha visão”.
Davis conta que ao longo de sua vida, ela dormia durante as aulas na escola. Além disso não conseguia se concentrar no trabalho a ponto de ficar com a vista escura de tão cansada. De acordo com o Portal Drauzio Varella, hipersonia é um distúrbio do sono, que se caracteriza por quadros diurnos de sonolência excessiva, mesmo que a pessoa tenha tido uma noite de sono prolongado e sereno. Pessoas com o transtorno apresentam enorme dificuldade para manter-se acordadas durante o dia e podem adormecer a qualquer hora.
Os episódios podem ser recorrentes e afetam mais os homens do que as mulheres. A primeira crise, em geral, ocorre no início da adolescência ou da vida adulta e pode ser breve, durar algumas horas, dias ou poucas semanas. Embora possam surgir em qualquer idade, é incomum que as crises se manifestem depois dos 30 anos.
A jovem ainda conta que, ela dormia 10, 12, até 14 horas por noite. Ainda, optava por bebidas que traziam energia, mas ainda assim não conseguia lutar contra o sono. Somente em 2017, aos 19 anos, é que ela recebeu o diagnóstico.
Principais sintomas além do sono excessivo
O sintoma mais comum associado a pessoas acometidas com a hipersonia idiopática é uma grande dificuldade para acordar. Quando o fazem, tendem a experimentar um período de inércia do sono caracterizado por sonolência, diminuição da cognição e comprometimento motor.
Importante considerar também, como manifestação ligada à hipersonia, a “inércia do sono”. Ou seja, o estado fisiológico que marca a fase de transição do sono para a vigília (parece que a pessoa não acordou completamente).
Ainda segundo o Portal Drauzio Varella, portadores de hipersonia idiopática também se queixam de que, nas fases críticas do transtorno, nem mesmo tirar vários cochilos durante o dia proporciona um sono reparador. Também não alivia os sintomas desagradáveis da condição.
Ainda não se sabe a causa do distúrbio, mas acredita-se que seja uma disfunção do cérebro.
Tratamento
Alyssa está agora nos estágios iniciais de aprovação para tomar o primeiro medicamento aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, que atua contra a doença. Além da hipersonia, ela tem depressão e existe a possibilidade de que os quadros estejam ligados.
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Além do remédio, ela está recebendo um tratamento experimental de estimulação transmagnética do crânio para avaliar como a interação magnética com o cérebro pode melhorar sua condição. Para ajuda, ganhou um cachorro de suporte psiquiátrico chamado Rory.
Nenhum dos tratamentos testados até agora, foi capaz de curá-la do distúrbio do sono.
* Sob supervisão de Lilian Coelho