Os índices de qualidade do ar em Piracicaba (SP) e Limeira (SP) foram classificados como ruins pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) na última quinta-feira (12). Com as altas concentrações de poluentes, a população busca maneiras de se proteger, e o uso de máscaras voltou a crescer. A seguir, detalhamos as recomendações e os impactos dessa situação.
Na última sexta-feira, 13, farmácias de Piracicaba registraram um aumento significativo na venda de máscaras, com um crescimento de 25% nas vendas entre agosto e setembro de 2024. Além disso, umidificadores e inaladores também tiveram um aumento de mais de 110% nas vendas durante o mesmo período.
A situação se agrava ainda mais devido aos baixos índices de umidade do ar e a ocorrência de queimadas, fatores que afetam diretamente a saúde respiratória e cardiovascular da população. De acordo com a Cetesb, a presença de poluentes torna necessária a adoção de medidas preventivas.
O uso das máscaras para proteção
O Ministério da Saúde recomenda o uso de máscaras, especialmente para quem não pode evitar a exposição ao ar poluído. As máscaras atuam como uma barreira contra as partículas presentes no ar, ajudando a reduzir a inalação de poluentes prejudiciais.
- Máscaras caseiras: feitas de pano, são úteis para barrar partículas maiores e mais visíveis.
- Máscaras descartáveis: como as cirúrgicas, compradas em farmácias, conseguem filtrar partículas intermediárias.
- Máscaras profissionais: modelos como N95 ou PFF2, têm alta capacidade de filtrar partículas menores e microscópicas.
A combinação de tempo seco, queimadas e poluição aumentou os problemas respiratórios e cardiovasculares na região. Médicos, como o pneumologista Murilo Angeli Piva da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), apontam ao G1 que o ideal seria uma umidade do ar entre 50% e 60%, bem acima do que temos atualmente. Ele explica que a baixa umidade pode causar desidratação e, assim, aumentar o risco de formação de trombos, infartos e AVCs.
Além disso, o aumento dos casos de hipertensão arterial em Piracicaba, com registros quase dobrando de uma semana para outra em agosto de 2024, é um indicativo da severidade da situação. Entre os dias 24 a 30 de agosto, foram registrados 149 casos, um salto significativo em relação aos 76 casos da semana anterior.
Como minimizar os efeitos da poluição?
O Ministério da Saúde oferece várias recomendações:
- Evitar atividades físicas ao ar livre e proximidade de focos de queimadas.
- Usar máscaras N95, PFF2 ou P100 ao precisar se expor ao ar.
- Manter-se hidratado, beber bastante água potável.
- Procurar locais frescos, longe da poluição ambiental.
Para pessoas com comorbidades, crianças, gestantes e idosos, os cuidados devem ser ainda mais rigorosos. Estes grupos devem manter as consultas médicas em dia e procurar atendimento médico ao surgirem sintomas como náuseas, vômitos, febres, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores intensas de cabeça, no peito ou abdômen.