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Peeling de fenol: Buscas pelo procedimento disparam no Google, mas exige cuidados

O Conselho Federal de Medicina (CFM) defende que somente médicos com especialização em dermatologia estão habilitados a executar o procedimento

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Peeling de fenol: procedimento exige cuidados -Crédito: Canva

Após a morte do empresário Henrique Silva Chagas, de 27 anos, as buscas por peeling de fenol dispararam no Google. Henrique faleceu depois de realizar o procedimento em uma clínica de estética em São Paulo. Dados do Google Trends mostram que nunca se pesquisou tanto pelo assunto.

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O que é o peeling de fenol?

De acordo com a Dra. Thálita Eufemia, médica e tricologista, o procedimento consiste na aplicação de substâncias químicas na pele. “Justamente por isso, é classificado como peeling químico. Assim, atinge a derme mais profunda da pele, promovendo renovação celular por meio da descamação, prometendo, assim, como resultado, rejuvenescimento”.

O que o paciente deve verificar antes de se submeter ao tratamento?

Em entrevista ao site Bons Fluidos, Dra. Thálita explica que os cuidados devem ter início antes mesmo do procedimento, com a realização de exames e de avaliação clínica prévia por parte de um médico.

“Essas medidas são indispensáveis para se avaliar se, de fato, há indicação para este tipo de terapia, o estado geral do paciente, e as possíveis contra indicações existentes ao procedimento. Explicações sobre o tratamento, possíveis complicações e efeitos adversos, bem como cuidados pós-procedimento também são explanados antes do peeling acontecer”.

A especialista alerta que é importante observar o local em que a técnica é realizada: “deve ser em ambiente clínico-hospitalar, que tenha condições de acolher o paciente em caso de urgência, de emergência e de reação”.

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Por se tratar de um procedimento médico complexo, pode trazer riscos à saúde. “O peeling de fenol pode ter efeito cardiotóxico, por exemplo, causando arritmias cardíacas e, até mesmo, parada cardíaca. Como também pode apresentar efeito nefrotóxico, principalmente em pacientes que já tem problemas renais, o procedimento pode levar à falência renal, além de outros possíveis efeitos adversos”.

A repercussão da morte do empresário fez surgir o debate sobre quem está habilitado a executar o procedimento. É necessário verificar, ainda, qual a formação acadêmica do profissional. Por fim, fica o alerta: Dra Thálita ressalta que somente um médico deve realizar este tipo de tratamento, sob constante monitoramento clínico. “A fiscalização por parte de órgãos reguladores do Brasil é essencial para minimizar a incidência de ambientes e de profissionais não credenciados oferecendo o tratamento estético”, conclui.

 * Reportagem publicada originalmente no site Bons Fluidos.

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