OLIMPÍADA

Saiba mais sobre a ‘E. coli’, bactéria encontrada no rio Sena

Após nadar no rio Sena na disputa individual do triatlo, a triatleta belga Claire Michel precisou ser hospitalizada

A E. coli é uma bactéria comum no intestino de humanos e animais, e apesar de muitas cepas serem inofensivas, podem desencadear doenças graves
A E. coli é uma bactéria comum no intestino de humanos e animais, e apesar de muitas cepas serem inofensivas, podem desencadear doenças graves – Crédito: Canva Fotos

Na última quarta-feira (31), a triatleta belga Claire Michel foi hospitalizada após competir no triatlo individual na Olimpíada de Paris 2024. Claire, junto com outros participantes, apresentou sintomas de uma infecção bacteriana, possivelmente causada pela Escherichia coli. Em razão disso, ela não participou da prova de triatlo mista deste segunda (5).

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E. coli é uma bactéria comum no intestino de humanos e animais, e apesar de muitas cepas serem inofensivas, algumas podem desencadear doenças graves quando transmitidas por alimentos. Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas incluem cólicas abdominais, vômito, febre e diarreia com sangue, com um período de incubação de três a oito dias.

Qualidade da água do Rio Sena na Olimpíada de Paris 2024

A natação, uma das etapas do triatlo, foi realizada no Rio Sena, que passou por um investimento significativo de mais de 1,4 bilhão de euros (cerca de R$ 8,8 bilhões) para reduzir a poluição. Apesar dos esforços, a qualidade da água foi considerada inadequada, resultando no adiamento do triatlo masculino em 24 horas devido aos altos níveis de E. coli.

Para que a água seja considerada de qualidade “suficiente” para as provas, os níveis de E. coli devem estar abaixo de 900 unidades por 100 mililitros, conforme a União Internacional de Triatlo. Contudo, as análises recentes indicaram que os níveis estavam superiores ao recomendado.

Quais os sintomas da E. coli?

A Escherichia coli é uma bactéria que pode ser encontrada no intestino de humanos e animais. Embora a maioria das cepas seja inofensiva, algumas podem causar sérias doenças. A infecção pode ocorrer por diversos meios, como ingestão de carne mal cozida, leite não pasteurizado, contato com animais infectados ou alimentos lavados com água contaminada. Os atletas, neste caso, foram infectados ao ingerirem água contaminada durante a competição.

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Os principais sintomas de uma infecção por E. coli incluem cólicas abdominais, vômito, febre e diarreia com sangue.

A bactéria pode causar outros problemas de saúde, como infecções na corrente sanguínea e em órgãos como a bexiga, próstata e pulmões. Em recém-nascidos, pode levar à meningite, e em idosos e crianças, à Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU), que provoca insuficiência renal aguda e anemia hemolítica.

O tratamento geralmente inclui o uso de antibióticos, e a maioria das pessoas infectadas se recupera em até dez dias. Porém, a prevenção continua sendo o melhor remédio.

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Investimento no Rio Sena foi suficiente?

Mesmo com o investimento de 1,4 bilhão de euros, a qualidade da água do Rio Sena não alcançou os níveis desejados para garantir a segurança dos atletas. Eventos como os vídeos de atletas vomitando após a prova e declarações de outros competidores, como Tyler Mislawchuk, que afirmou ter vomitado dez vezes após nadar no Sena, mostram que ainda existem desafios a serem superados.

A colega de equipe de Claire Michel, Jolien Vermelylen, também relatou experiências desconfortáveis durante a competição, indicando que o problema pode ser generalizado.

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