Ter um trabalho estressante e desafiador pode ajudar a prevenir a demência na velhice, de acordo com estudo do Hospital Universitário de Oslo, na Noruega. Isso se deve ao fato de que quanto mais o cérebro é estimulado, menor a probabilidade de problemas de memória.
O estudo examinou 7.000 pessoas em 305 profissões diferentes. Descobriu-se que empregos que são estimulantes e desafiadores, mas evitam repetições, como ensino, relações públicas ou programação de computadores, estão associados a um menor risco de comprometimento cognitivo leve após os 70 anos.
Os trabalhadores rodoviários e da limpeza, no entanto, podem enfrentar um risco maior devido à falta de estímulo cognitivo em seus empregos.
Trabalho precisa ter estimulação cognitiva
A pesquisa analisou a quantidade de tarefas manuais rotineiras, tarefas cognitivas repetitivas e não repetitivas realizadas pelos participantes ao longo de suas carreiras.
Os resultados mostraram que o grupo com as demandas cognitivas mais baixas tinha um risco 66% maior de comprometimento cognitivo leve em comparação com o grupo que enfrentava desafios cognitivos mais elevados.
“Examinamos as demandas de vários empregos e descobrimos que a estimulação cognitiva no trabalho durante diferentes fases da vida – durante os 30, 40, 50 e 60 anos – estava associada a um risco reduzido de comprometimento cognitivo leve após a idade de 70”, explicou a pesquisadora e autora principal do estudo, Trine Edwin.
Segundo Trine, as descobertas “destacam o valor de ter um trabalho que exige um pensamento mais complexo como forma de possivelmente manter a memória e o pensamento na velhice”.