“Vou meter bala na sua cabeça, fala logo onde você está”, teria dito, entre outras ameaças, o médico Bruno D’ Ângelo Cozzolino. Quem relatou a ameaça é uma mulher de 34 anos que manteve um relacionamento por dois anos com o médico de 40 anos, segundo ela relatou à polícia.
O médico acusado de agredir fisicamente tanto ex-namoradas como funcionários do prédio onde mora e dos locais por onde passa, em São Paulo e no Rio de Janeiro, também cometeu ofensas verbais. Cozzolino investiu contra mulheres, idosos e até contra um segurança contratado pelo prédio justamente para proteger os funcionários dos ataques dele.
Segundo matéria veiculada no programa Fantástico, são conhecidas mais de dez agressões cometidas pelo médico, investigadas pelo Ministério Público paulista e pela polícia.
A mulher que foi ameaçada de ser morta relatou ainda que Cozzolino ficava cercando seus familiares, até mesmo seus avós paternos. Com medo, ela disse à polícia que iria sair da cidade. Ela entregou à polícia cópias de mensagens nas quais Bruno insistia em obter um encontro com frases do tipo: “Eu tô perdido no mundo. Não sei para onde vou“; ou ainda “Eu juro que vou me comportar, estou naquela escuridão angustiante”.
Por contas das ameaças, o médico chegou a ficar em prisão preventiva. A defesa do médico informou à Justiça que ele sofre de múltiplos problemas psiquiátricos, citando transtornos de bipolaridade, de ansiedade, de personalidade e transtorno por uso de múltiplas substâncias.
Um laudo psiquiátrico anexado pela defesa ao processo afirmou que “ele necessita de tratamento para estabilização de humor com inibidor de receptação da serotonina junto com psicoterapia para prevenção de recaída e desenvolvimento de autocontrole e resiliência, e tratamento com promoção de autoconhecimento, capacidade de autopercepção e amadurecimento de valores pessoais e sociais”. De acordo com alegações da defesa, “ele está acometido por doença psicológica grave“.
Oi, sou psicóloga, neuropsicóloga, doutoranda em psicologia e professora. O TDI é o transtorno psiquiátrico mais controverso que temos. A maioria dos estudiosos concorda que a real exibição do transtorno é raríssima +
— Isabela Guimarães (@belasallum) August 23, 2023