OPENAI

“As pessoas deveriam testar possibilidades da IA”, diz chefe do ChatGPT

Peter Deng contou que companhias onde os funcionários já usam a ferramenta na sua rotina tiveram um aumento de 17% na produtividade, “provando que não deve haver resistência, e sim conhecimento do potencial da plataforma”

Peter Deng, vice-presidente de produtos de consumo e chefe do ChatGPT na OpenAI, foi entrevistado nesta segunda-feira (11) pelo comentarista da CNN Internacional Josh Constine durante o South by Southwest (SXSW), um dos maiores eventos anuais de tecnologia, música, inovação e cultura do mundo, realizado em março em Austin, nos Estados Unidos.
Peter Deng, vice-presidente de produtos de consumo e chefe do ChatGPT na OpenAI, e O comentarista da CNN Internacional Josh Constine – Créditos: Lucas Lopes/CNN

Peter Deng, vice-presidente de produtos de consumo e chefe do ChatGPT na OpenAI, foi entrevistado nesta segunda-feira (11) pelo comentarista da CNN Internacional Josh Constine durante o South by Southwest (SXSW), um dos maiores eventos anuais de tecnologia, música, inovação e cultura do mundo, realizado em março em Austin, nos Estados Unidos.

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Deng afirmou que “temos que nos manter curiosos” já que “não sabemos o que futuro guarda“. “Uma das minhas filhas gosta de construir coisas, me lembra eu mesmo quando era jovem. Estou curioso para ver que ferramentas ela terá à disposição e com certeza o ChatGPT é uma delas. Ela poderá fazer muito mais que eu”, contou.

Quanto à questão de ensinar valores às máquinas, Deng explicou que isso ainda não está claro e sugeriu que a tecnologia deveria se adaptar aos valores individuais de cada usuário, “afinal, o que torna o mundo tão interessante são os diferentes valores e culturas que o formam”.

Em seguida, Constine sugeriu “deveriam haver regras para todos sabermos quando uma coisa foi escrita pelo ChatGPT pelo menos quando se trata de conversas pessoais, política e arte”. Deng, porém, argumentou dizendo que se uma mensagem de texto ou um e-mail de campanha estão escritos corretamente, “realmente importa se houve ajuda no resultado final?”.

Mas e nos votos de casamento? Em poesias de amor? Acho que minha mulher ficaria ofendida se soubesse que não houve trabalho meu nessas coisas”, retrucou o comentarista, arrancando risos do público.

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Deng concordou, afirmando que, são justamente essas “normas morais” que as pessoas precisam discutir – e que devem vir inclusive antes das leis oficiais. “Se as pessoas se importam, a tecnologia se adaptará”, afirmou.

O vice-presidente ainda mencionou uma pesquisa a que a empresa teve acesso, na qual foi revelado que companhias onde os funcionários já usam o ChatGPT na sua rotina tiveram um aumento de 17% na produtividade. “Isso prova que não deve haver resistência, e sim conhecimento do potencial da plataforma”, pontuou.

Imagina poder gerar uma planilha, pedir para um assistente analisar dados, ter uma crítica de um texto ou de uma apresentação. Isso economiza tempo e ajuda a performar melhor. Então o ponto é se manter curioso para explorar as possibilidades e não resistir à novidade. Por que não usar essa força extra?”, finalizou o chefe do ChatGPT.

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*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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