A sonda exploradora desenvolvida pelo mesmo fabricante de brinquedos responsável pelos Transformers em 1984 destaca-se como um dispositivo de exploração lunar. Com um design esférico e um diâmetro de aproximadamente 8 centímetros e peso de 250 gramas, a esfera possui componentes especialmente concebidos para abrir e funcionar como rodas, impulsionando-a pela superfície lunar irregular e sinuosa.
Um vídeo divulgado pela empresa demonstra o funcionamento previsto da sonda neste ambiente desafiador.
Este projeto coloca o Japão como a quinta nação a conquistar a exploração e aterrissagem bem-sucedida no solo lunar. Até o momento, essa conquista foi alcançada apenas pelos Estados Unidos, União Soviética, China e Índia. Para o Japão, essa empreitada pode representar um marco positivo no desenvolvimento espacial, superando desafios anteriores, incluindo duas missões lunares fracassadas e incidentes recentes com foguetes, inclusive explosões pós-decolagem.
Na tarde de hoje (19), às 12h20 no horário de Brasília, a sonda lunar japonesa Sora-Q realizou um pouso bem-sucedido, marcando um marco significativo na exploração espacial. A missão, liderada pela agência espacial japonesa Jaxa, tem como objetivo crucial a busca por água na Lua.
Após o pouso, a Jaxa confirmou que a sonda estabeleceu contato com a Terra, levando o presidente da agência, Hiroshi Yamakawa, a classificar a missão como um “marco importante” e atingindo o “nível mínimo de sucesso“.
No entanto, a vitória não veio sem desafios. Logo após o toque no solo lunar, o painel solar da sonda cessou seu funcionamento. A Jaxa está investigando as razões por trás desse contratempo, indicando que alguns sistemas foram desativados para preservar energia.
O sucesso da aterrissagem representa uma reviravolta positiva para o setor aeroespacial japonês, que enfrentou desafios recentes, incluindo duas tentativas mal sucedidas de pouso e vários lançamentos de foguetes com resultados adversos. Notavelmente, em 2022, a sonda lunar Omotenashi, enviada pelo Japão como parte da missão americana Artemis 1, não obteve êxito.
O feito alcançado pela “Moon Sniper” não apenas impulsiona a exploração lunar japonesa, mas também reacende as aspirações do país no cenário aeroespacial global.
* Matéria publicada sob supervisão de Ricardo Parra.