alvo de operação

Influencer Renato Cariani é indiciado por associação ao tráfico de drogas

O empresário é suspeito de fornecer produtos químicos, por meio da empresa da qual é sócio, a Anidrol, para a produção de toneladas de entorpecentes, como cocaína e crack

Após ouvir o depoimento do influencer fitness Renato Cariani, a Polícia Federal indiciou o empresário por associação ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico equiparado.
Empresário chega à sede da Polícia Federal para prestar seu depoimento – Créditos: TV Record/Reprodução

Após ouvir o depoimento do influencer fitness Renato Cariani, a Polícia Federal indiciou o empresário por associação ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico equiparado. Cariani chegou à sede do órgão na tarde desta segunda-feira (18). “Vou esclarecer tudo para vocês logo depois da minha oitiva”, disse, ao chegar.

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O influencer é suspeito de fornecer produtos químicos, por meio da empresa da qual é sócio, a Anidrol, para a produção de toneladas de entorpecentes, como cocaína e crack. Mais dois depoimentos precisam ser feitos, o de Roseli Dorth, sócia-administrativa da Anidrol, e o de Fábio Spinola, responsável por movimentações financeiras à conta da Anidrol, supostamente em nome da farmacêutica AstraZeneca.

Desde a última terça-feira (12), a PF cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, Dentre eles, um na sede da empresa Anidrol, em Diadema, e outro na mansão do empresário fitness. Cariani supostamente usava nomes de farmacêuticas para cobrir o desvio de substâncias para a produção de drogas.

Uma das empresas, segundo a PF, forneceu 2.050 litros de solvente, suficientes para produzir 1.640 kg de cocaína, substâncias de adulteração da droga, capazes de fabricar mais de 15 toneladas, além de fenacentina, usada na geração de crack.

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Passado

A história da Anidrol com a lei não começou este ano. Em 2015, a Receita Federal questionou a empresa sobre negociações com a AstraZeneca. À época, a empresa de Renato afirmou nunca ter recebido os produtos e que não tratava com empresas nacionais.

Renato apresentou à Justiça uma troca de e-mails com Augusto Guerra, que se apresentava como representante da AstraZeneca. O nome falso foi atrelado ao dono de uma empresa de automóveis em Diadema, Fábio Spinola, que foi alvo da operação Downfall, em maio de 2023, que mirava operações do tráfico internacional de drogas.

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