caso João Pedro

3 policiais são absolvidos por morte de adolescente no RJ

Em um recente veredito emitido pela Juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, a magistrada absolveu os policiais acusados, alegando que agiram em legítima defesa

Durante uma suposta perseguição a criminosos, a casa onde o adolescente João Pedro estava foi alvejada, levando o garoto à morte
Durante uma suposta perseguição a criminosos, a casa onde o adolescente João Pedro estava foi alvejada, levando o garoto à morte – Crédito: Reprodução

A comoção social e o clamor por justiça marcam fortemente a decisão do caso de João Pedro, um adolescente que encontrou um trágico destino durante uma operação policial. Em um recente veredito emitido pela Juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, a magistrada absolveu três policiais acusados pela morte do garoto, declarando que agiram em legítima defesa durante o confronto.

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O caso ganhou as manchetes após a triste história de João Pedro vir à luz, onde, durante uma suposta perseguição a criminosos, a casa onde o adolescente estava foi alvejada, culminando em sua morte por um disparo acidental. Este incidente, ocorrido há quatro anos, não apenas abalou a comunidade como também despertou um profundo questionamento sobre as práticas de segurança e engajamento civil das forças policiais.

O que diz a lei sobre legítima defesa?

A justiça opera sob a premissa de imparcialidade e busca por evidências que confirmem, sem dúvidas, a situação descrita pelos envolvidos. No caso de João Pedro, a juíza fundamentou sua decisão no testemunho dos policiais e nos laudos técnicos que indicavam um confronto armado provocado por terceiros no local, o que, segundo ela, caracterizava um cenário de legítima defesa.

O cenário descrito nas peças apresentadas durante o processo mostra uma intensa troca de tiros, onde, após uma pausa, um artefato explosivo foi lançado em direção aos policiais, momento este que antecedeu a tragédia. O tumulto e consequente ação reflexa dos policiais culminaram no disparo que vitimou o jovem João Pedro, que, conforme descrito, não participava do confronto.

Posicionamento da família do adolescente

Neilton da Costa Pinto, pai de João Pedro, expressou profunda insatisfação com a decisão, anunciando que buscará por recursos em instâncias superiores. “Atirar dentro de um lar não pode ser normalizado”, declarou ele. A atuação das polícias, tanto Civil quanto Federal, foi posta em xeque pela família e outras testemunhas, que alegaram uma alteração da cena do crime para simular um confronto que não ocorreu.

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Este caso não apenas retrata uma tragédia individual e familiar, mas destaca a complexidade em arbitrarem episódios onde a linha entre a defesa da ordem e a preservação da vida civil parece tênue. O desenrolar desta situação, bem como as ações subsequentes tomadas pelas instituições de justiça, serão determinantes para a reputação e a confiança na atuação policial frente à comunidade.

A expectativa por parte da opinião pública é que o recurso impetrado pela família possa trazer novos elementos ou, pelo menos, uma reavaliação minuciosa dos fatos, assegurando que todas as facetas deste lamentável incidente sejam devidamente consideradas. Enquanto isso, a sociedade permanece vigilante e crítica aos desdobramentos que este caso ainda possa vir a ter.

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