TRAGÉDIA

Porsche que causou acidente em SP estava a 156 km/h, segundo laudo

Colisão ocorreu na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, onde o limite de velocidade é de 50 km/h

Porsche que causou acidente em SP estava a 156 km/h
Porsche que causou acidente em SP estava a 156 km/h, segundo laudo – Créditos: Reprodução/ TV Globo

Um laudo da Polícia Técnico-Científica revelou que o Porsche dirigido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho estava a 156 km/h momentos antes de colidir na traseira do Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana. O acidente ocorreu na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, onde o limite de velocidade é de 50 km/h.

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Ornaldo faleceu no hospital após o acidente, enquanto o passageiro do Porsche, Marcus Vinicius Machado Rocha, estudante de medicina, ficou gravemente ferido, mas já recebeu alta médica. Fernando, o condutor do Porsche, teve ferimentos na boca, mas não procurou atendimento médico.

Além do laudo de velocidade, o Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto Médico Legal (IML) estão produzindo outros laudos para a Polícia Civil, que investiga as causas e possíveis responsabilidades pelo acidente. Isso inclui um scanner 3D, que utilizará drones para obter imagens aéreas do local da batida e reconstituir em vídeo com mais detalhes como foi a colisão.

O Ministério Público (MP) de São Paulo, que acompanha as investigações, solicitou à Justiça esses laudos. A perícia do IC planeja realizar o escaneamento do local do acidente nesta próxima quinta-feira (25).

Relembre o caso

Marcus revelou que na noite de 30 de março, ele, Fernando e suas namoradas se encontraram e tomaram alguns drinks. Logo depois, eles seguiram para uma casa de pôquer, onde permaneceram jogando até o início da madrugada do dia 31.

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De acordo com o estudante de medicina, ele se ofereceu para ir como passageiro do amigo para garantir que ele não fizesse nenhuma “besteira”, já que Fernando estava “estava alterado por conta da bebida“. Ele ainda revelou que o amigo dirigia tranquilamente, mas ao entrar na avenida em que o acidente ocorreu, ele “deu uma acelerada“.

Além disso, Marcus disse que “não tem lembranças de como se deu o acidente. O delegado Nelson Alves, titular do 30° Distrito Policial (DP), delegacia onde o caso foi registrado, questionou se o estudante lembrava como foi a batida entre o Porsche e o Sandero de Ornaldo, e ele disse que só se lembra de estar no chão após o acidente e com dores, e que só voltou à consciência quando “já estava internado“.

Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil afirmam que o motorista do Porsche estava em alta velocidade e sob efeito de álcool. O empresário negou ter bebido, mas admitiu estar “um pouco acima do limite” de velocidade, embora “não muito acima“. Fernando será julgado por homicídio culposo (sem intenção de matar), lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e fuga do local do acidente.

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