Na semana passada, primeira semana do segundo turno, algumas narrativas eleitorais envolvendo as palavras “maçonaria” e “satanismo” dominaram as redes sociais e os mecanismos de pesquisa, como o Google. Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) tiveram suas campanhas envolvidas por narrativas religiosas, o que gerou um engajamento dos termos nas redes.
Segundo uma pesquisa encomendada pelo UOL, o número de vezes que o termo “maçonaria” foi associado a Bolsonaro supera as menções feitas ao “satanismo”, anteriormente associado a Lula. Para concluir o levantamento, a plataforma de monitoramento digital Torabit analisou o período de 26 de setembro a 5 de outubro.
Neste período, o termo “maçonaria” foi mencionado mais de 958 mil vezes. Só na terça-feira (4) foram mais de 839 mil citações. O termo “satanismo” teve o seu pico nas redes também na terça (4), quando teve mais de 58 mil registros, quase alcançando o total de 63 mil menções entre setembro e outubro.
No princípio, Lula esteve associado ao termo “satanismo” por conta de um vídeo que viralizou nas redes sociais onde um homem que se diz satanista declara apoio ao ex-presidente. Aliados do presidente Jair Bolsonaro compartilharam o vídeo nas redes e a reação veio no dia seguinte: um vídeo de Bolsonaro em uma loja maçônica também aparece nas redes.
Assim, segundo o relatório da pesquisa da Torabit, Bolsonaro teve 50,9% das menções sobre “satanismo” contra 49,1% de Lula no período analisado. O termo foi erroneamente associado com “maçonaria” por internautas que geraram o engajamento.
“Anteriormente muito mais associado ao candidato Lula, o termo satanismo passou a ser mais associado a Bolsonaro nas redes, a partir da repercussão do vídeo do presidente na maçonaria”, concluiu o relatório final da pesquisa.
Saudades de quando editorial de jornalão tinha influência em eleição.
Pelo menos mais gente lia texto de mais de 2 parágrafos e profissional, mesmo que fosse absurdo.
Agora o que resolve eleição é meme. Sobre mamadeira de piroca, aborto, satanismo, maçonaria ou canibalismo.
— André Rocha (@anunesrocha) October 9, 2022