rio de janeiro

Casal é investigado por imitar macacos em roda de samba

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância já está movendo esforços para identificar e intimar o casal envolvido, que inclui uma turista argentina e um residente do Rio

Segundo a Associação, a imitação de animais em contextos pedagógicos na Argentina não é associada a gestos racistas
Segundo a Associação, a imitação de animais em contextos pedagógicos na Argentina não é associada a gestos racistas – Crédito: Reprodução / Redes Sociais

Recentemente, um evento lamentável ocorreu durante uma roda de samba em Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro, onde um casal foi filmado fazendo gestos discriminatórios. O vídeo, que rapidamente se espalhou pelas redes sociais, mostra os dois indivíduos imitando macacos, no que parecia ser uma manifestação de racismo.

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A jornalista Jackeline Oliveira, que estava presente no local, decidiu filmar o incidente. Segundo ela, os envolvidos pareciam não se sentir constrangidos e até se divertiam com a situação. A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) já está movendo esforços para identificar e intimar o casal envolvido, que inclui uma turista argentina e um residente do Rio.

A titular da Decradi, delegada Rita Salim, mencionou que estão sendo tomadas todas as medidas necessárias para verificar a extensão dos atos e suas possíveis repercussões legais. As investigações se intensificaram após ambos os indivíduos desativarem suas contas nas redes sociais.

Wanderso Luna, representante da roda de samba PedeTeresa, expressou profunda preocupação com o incidente, ressaltando a natureza democrática do evento e como tais atitudes racistas comprometem a segurança e a integridade das comunidades negras. Ele acompanhava a jornalista na delegacia e clamou por uma punição adequada aos envolvidos.

Contexto maior de racismo no samba

Este não é um caso isolado, como destaca a vereadora Mônica Cunha (PSOL-RJ), presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara dos Vereadores do Rio. Ela informou que mais de 40 casos similares foram registrados na capital fluminense e estão sendo devidamente acompanhados. A criação da comissão, segundo a vereadora, reflete uma necessidade urgente advinda dessas constantes agressões raciais.

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  • Investigação imediata: A Polícia Civil está atuando ativamente para identificar e responsabilizar os envolvidos no ato racista.
  • Educação e Prevenção: É crucial fortalecer as campanhas de conscientização sobre o racismo e suas consequências, principalmente em espaços culturais como as rodas de samba, que simbolizam uma expressão significativa da cultura afro-brasileira.
  • Apuração no âmbito internacional: A Decradi acionou o consulado argentino para obter mais informações sobre a mulher envolvida, visando a uma colaboração internacional no caso.

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