O fim da utopia: Como ‘Os Anéis de Poder’ muda a Terra Média

Os entusiastas de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder estão aguardando ansiosamente a continuação das histórias de Nori

O fim da utopia: Como 'Os Anéis de Poder' muda a Terra Média
O fim da utopia: Como ‘Os Anéis de Poder’ muda a Terra Média – Crédito: Divulgação/Amazon Prime Video

Os entusiastas de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder estão aguardando ansiosamente a continuação das histórias de Nori (Markella Kavenagh) e do Estranho (Daniel Weyman). Porém, no episódio cinco da segunda temporada, a trama muda o foco e explora outros cantos da Terra Média. Temas como ganância, egoísmo e legado são investigados, de forma a entender como moldam o destino das personagens.

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Desde o início, esta nova temporada se apresenta como uma distorção macabra da utopia pastoral de J.R.R. Tolkien. Sauron (Charlie Vickers) e seus Anéis de Poder amplificam as divisões e corrupções preexistentes na Terra Média. Essa corrupção é dramatizada através dos corações humanos, anões, elfos e outras raças fantásticas, revelando que até mesmo as utopias estão sujeitas à fraqueza moral.

O que Pharazôn e Númenor revelam em ‘Os Anéis de Poder’?

Um ponto central do episódio é Númenor, onde Pharazôn (Trystan Gravelle) sobe ao poder, instaurando um regime autoritário. Neste ambiente, a lealdade de Elendil (Lloyd Owen) à rainha prisioneira, Míriel (Cynthia Addai-Robinson), é posta à prova. Númenor é dividido entre aqueles que reverenciam tradições do passado e querem uma conexão simbiótica com a Terra Média, e os que preferem um isolacionismo hostil, acreditando na necessidade de uma ascensão autossuficiente.

Medo da morte, irrelevância e luto alimentam o ressentimento de Pharazôn, que vê os portões de Valinor como uma provocação élfica, sugerindo uma fronteira inalcançável. O novo rei se revolta contra limites intransponíveis, incitando violência contra aqueles que os destacam.

Como Pharazôn justifica seus atos?

Anteriormente visto como pragmático, Pharazôn agora revela um lado implacável. Seus discursos para o filho Kemen (Leon Wadham) demonstram um desprezo pelos elfos e uma crença em um domínio humano absoluto, mesmo em face de impossibilidades. Pharazôn questiona a necessidade de aceitação e paz, instigando a hostilidade como solução.

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O que ‘Os Anéis de Poder’ revela sobre ganância, poder e corrupção?

A série destaca a cobiça dos anões por ouro, a cegueira dos elfos em relação às maquinações de Sauron, e a incessante busca dos humanos por imortalidade. As manipulações de personagens como Durin III (Peter Mullan) e Celebrimbor (Charles Edwards) ilustram como os Anéis de Poder se tornam símbolos de corrupção e ambição desmedida.

  • Sauron utiliza os Anéis de Poder para estender sua influência corrupta.
  • Rei Durin III é consumido pela ganância incentivada pelos Anéis de Poder.
  • Celebrimbor é enredado por Sauron, disfarçado como Annatar, na criação dos nove Anéis.
  • Elendil luta para manter sua integridade e lealdade em meio à tirania de Pharazôn.
  • Pharazôn reforça o autoritarismo em Númenor, perseguindo opositores e sufocando revoltas.

As histórias de Tolkien sempre trataram das forças que levam as nações e pessoas a guerra. Em Os Anéis de Poder, essas forças são personificadas na insaciável fome dos anões por ouro, a relutância dos elfos em aceitar seus erros, e o desejo humano por poder e imortalidade. Esse episódio reflete poeticamente as inquietações de Tolkien, que ecoam através das eras.

Em resumo, Os Anéis de Poder oferece uma janela para nossas próprias ansiedades e aspirações. Mesmo em uma terra tão distante e mágica, as lutas contra ganância e desejo de controle revelam verdades universais, demonstrando como tais traços continuam a moldar e, às vezes, a destruir nossas sociedades.

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