À medida em que cresce o número de deslocados devido aos ataques israelenses, comunidades locais tomam a dianteira na prestação de auxílio. Em Beirute, Líbano, a Nation Station, uma cozinha comunitária no bairro de Geitawi, tornou-se um ponto de apoio. Neste local, voluntários trabalham incessantemente, empilhando alimentos e preparando refeições que serão entregues em abrigos para pessoas que foram obrigadas a deixar suas casas.
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O ambiente é de colaboração e solidariedade. Entre conversas e tarefas, os voluntários mantêm o entusiasmo, preparando refeições com carne, arroz, e salada. A cozinha funcionou originalmente como um posto de gasolina que foi transformado para atender às necessidades urgentes da comunidade. Desde o começo dos bombardeios israelenses no sul de Líbano, no Vale do Bekaa, e em subúrbios do sul de Beirute, mais de 110.000 pessoas já haviam sido deslocadas de suas casas.
Como ajudar deslocados pelos ataques de Israel?
No dia 23 de setembro de 2023, os bombardeios intensificaram-se, levando a uma escalada na quantidade de deslocados. O Primeiro-Ministro Najib Mikati afirmou que até um milhão de pessoas podem ter sido deslocadas, o que representa um quinto da população do país. Em resposta, a Nation Station intensificou sua operação, preparando diariamente cerca de 700 porções de comida para serem distribuídas em abrigos.
Josephine Abou Abdo, cofundadora da Nation Station, comentou sobre a origem do projeto: “A Nation Station começou no dia seguinte à explosão de 4 de agosto de 2020. Respondemos às necessidades emergenciais na época e, desde a agressão israelense de segunda-feira, estamos cozinhando refeições para os necessitados”. Para dar conta da demanda, o grupo está constantemente em busca de novos voluntários.
Como as iniciativas locais estão fazendo a diferença?
Além da Nation Station, outras iniciativas surgiram. Na vizinhança de Ramlet al-Bayda, estudantes se mobilizaram para montar e distribuir caixas com alimentos e suprimentos básicos. Este esforço foi liderado por três influenciadores de mídia social que, sem nenhuma organização formal, conseguiram um espaço gratuito para organizar as operações.
Os estudantes trabalham em turnos, garantindo que as caixas cheguem às áreas mais necessitadas do país. Esta mobilização já ofereceu ajuda para mais de 50 escolas em 30 regiões do Líbano. Segundo Ghena Sandid, uma das líderes do movimento, o número de voluntários rapidamente aumentou para cerca de 450.
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