conselho de segurança

EUA pedem sanções contra Irã durante reunião da ONU

Israel prometeu “resposta dolorosa” em um alerta internacional nesta quarta-feira (2)

ONU
Reunião do Conselho de Segurança da ONU – Créditos: Getty Images

Em um cenário internacional de alta tensão, Israel declarou que vai responder aos ataques do Irã de maneira “decisiva e dolorosa“. Este posicionamento foi manifestado pelo embaixador israelense Danny Danon, logo antes de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York.

Publicidade

Este anúncio veio com um pedido dos Estados Unidos para que novas sanções sejam impostas sobre o Irã. Washington alertou Teerã de que não tolerará qualquer ação que ameace seus interesses na região. “Israel não ficará inerte. A resposta será decisiva e dolorosa”, afirmou Danon. Ele também enfatizou que a retaliação de Israel respeitará o direito humanitário.

Como Israel planeja responder aos ataques?

O recente lançamento de 181 foguetes pelo Irã contra Israel foi condenado como um ato terrorista. Danny Danon afirmou que “a mesa está virada” e expôs o Irã como um estado promotor do terrorismo. Segundo ele, o Irã tentou justificar suas ações em uma carta ao Conselho de Segurança da ONU, alegando ter mirado instalações militares.

Contudo, Israel rebateu, dizendo que os ataques iranianos são uma distorção flagrante da realidade e uma tentativa de justificação inadmissível. “Estamos feridos, mas não somos fracos”, disse Danon, reiterando a determinação de Israel em responder com força, mas dentro das normas internacionais de direitos humanos.

Qual é a posição dos Estados Unidos e da ONU?

Os Estados Unidos, através da embaixadora Linda Thomas Greenfield, qualificaram os ataques iranianos como “não provocados”. Ela pediu ao Conselho de Segurança da ONU que implemente mais sanções contra o Irã. “A responsabilidade do Conselho de Segurança é colocar mais sanções contra o Irã”, afirmou.

Publicidade

Em contrapartida, o discurso do embaixador russo, Vasily Nebenzya, durante o encontro, foi de crítica à postura de Israel e dos EUA. Ele alegou que o Oriente Médio está à beira de uma guerra generalizada e que as ações de veto por parte dos EUA no Conselho de Segurança impedem uma resposta adequada.

O que diz a comunidade internacional?

O panorama internacional mostra uma clara divisão sobre o que deve ser feito para mitigar o conflito. Algumas nações defendem um cessar-fogo imediato. Outros, como o embaixador argelino Amar Bendjama, afirmaram que a paralisia da ONU deu “carta branca” para Israel continuar suas operações. “Precisamos acabar com a ocupação de terras por Israel“, disse Bendjama.

Vários países árabes e a Rússia insistem que um cessar-fogo é essencial para evitar uma escalada maior. Contudo, a falta de uma posição unificada do Conselho de Segurança da ONU tem dificultado qualquer progresso significativo.

Publicidade

Medidas possíveis para acalmar as tensões

A comunidade internacional tem propostas variadas para lidar com o conflito:

  • Implementação imediata de um cessar-fogo monitorado pela ONU.
  • Aplicação de sanções econômicas e políticas adicionais ao Irã.
  • Negociações diplomáticas mediadas por terceiros neutros.
  • Reforço das resoluções da ONU contra qualquer agressão na região.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu a situação no Oriente Médio como “infernal” e apelou por um cessar-fogo. Ele também condenou os ataques do Irã, afirmando que esses atos não contribuem para a causa palestina. Guterres destacou a necessidade de criar dois estados e liberar reféns em Gaza.

Publicidade
Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.