Pelo menos 90 pessoas foram mortas em uma série de ataques das Forças de Defesa Israelenses em Gaza na madrugada de quarta-feira (2). As operações militares seguem sem sinais de cessar-fogo.
Khan Younis foi uma das áreas mais afetadas, com 51 vítimas fatais e dezenas de feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
De acordo com fontes locais, muitas vítimas ainda se encontram sob os escombros, dificultando o trabalho das equipes de resgate. As ambulâncias e equipes de defesa civil enfrentam obstáculos significativos devido à falta de equipamentos adequados para o resgate.
Conflito intenso na Faixa de Gaza
No centro de Gaza, os militares israelenses realizaram ataques a duas escolas onde palestinos estavam abrigados. Pelo menos 21 pessoas perderam a vida nesses bombardeios, incluindo várias crianças, conforme informações da Defesa Civil e do Hospital Al Ahli. Os militares alegaram que os alvos dos ataques eram “centros de comando e controle do Hamas”.
Impacto dos ataques israelenses nas comunidades locais
A devastação é palpável em diversas localidades de Gaza. Em Nuseirat, um ataque aéreo matou seis pessoas, enquanto bombardeios ao sul de Wadi Gaza, próximo a Netzarim, resultaram em 14 mortes. Em Khan Younis, além das 51 vítimas, dezenas de pessoas ficaram gravemente feridas.
A situação em Gaza é crítica. As equipes de resgate estão trabalhando incessantemente para retirar corpos e sobreviventes dos escombros. No entanto, a falta de recursos e equipamentos adequados tem dificultado as operações.
Conflitos no Oriente Médio
Recentemente, o Irã, aliado do Hamas, intensificou o conflito regional ao lançar centenas de mísseis contra Tel Aviv no dia 1º de outubro. Isso marcou uma nova etapa nos conflitos do Oriente Médio, envolvendo múltiplos atores e frentes de batalha.
Atualmente, são sete frentes de conflito ativas: Irã; Hamas, na Faixa de Gaza; Hezbollah, no Líbano; governo sírio e milícias associadas; Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem tropas ativas em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza, e realiza bombardeios aéreos nas outras quatro frentes.
As operações militares resultaram em mais de 500 vítimas fatais no Líbano em 23 de setembro, o dia mais mortal desde a guerra de 2006.
Com a escalada da violência, o número de mortos entre palestinos na Faixa de Gaza ultrapassou os 40 mil, segundo o Ministério da Saúde do enclave. Yahya Sinwar, líder do Hamas, permanece escondido em túneis em Gaza, onde também estariam israelenses sequestrados pelo grupo.
Flares over Khan Younis, southern #Gaza
— Peter Wening (@peterwening.bsky.social) 1 de outubro de 2024 15:13