geopolítica

Biden diz ser contra retaliação de Israel em usinas nucleares do Irã

Secretário-geral da ONU descreveu a situação como “ciclo repugnante” de violência

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Tanques israelenses próximos à fronteira com o Líbano – Créditos: Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou sua oposição a um ataque de Israel contra as instalações nucleares do Irã. A declaração veio após o lançamento de cerca de 200 mísseis pelo Irã contra Israel, gerando uma série de reações internacionais.

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Segundo Biden, Israel tem o direito de responder aos ataques, mas deve fazê-lo de maneira proporcional. Em meio a essas tensões, os líderes do Grupo dos Sete (G7) condenaram o ataque iraniano e sinalizaram possíveis novas sanções contra Teerã.

A proporcionalidade da resposta de Israel

O presidente americano afirmou que, embora Israel tenha o direito de se defender, qualquer resposta deve ser proporcional. A ideia de atacar instalações nucleares iranianas, como Natanz e Fordo, vem sendo debatida há muito tempo pelo premier israelense, Benjamin Netanyahu.

Para muitos em Israel, essas instalações são vistas como parte de um suposto programa de armas nucleares do Irã, algo que Teerã nega veementemente. Biden, entretanto, não está convencido de que esse seria o melhor caminho a seguir.

A resposta do G7 ao ataque iraniano em Israel

Em uma reunião recente, os líderes do G7 condenaram de maneira inequívoca o ataque do Irã contra Israel. Eles expressaram sua total solidariedade e apoio a Israel, reafirmando o compromisso com a segurança do país.

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O comunicado conjunto emitido pela Chancelaria da Itália mencionou a forte preocupação com a escalada do conflito e destacou que uma solução diplomática ainda é possível. Além disso, os líderes concordaram em manter contato próximo para coordenar uma resposta.

ONU e o ciclo de violência

O Conselho de Segurança da ONU também se reuniu para discutir os recentes ataques. António Guterres, secretário-geral da ONU, chamou a situação de “ciclo repugnante” de violência. O governo de Israel já havia declarado Guterres “persona non grata” por não condenar explicitamente o ataque iraniano.

Durante a reunião, várias potências ocidentais pediram um cessar-fogo em Gaza e no Líbano, enquanto criticavam a aparente incapacidade do Conselho de Segurança de interromper o ciclo de violência na região.

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Como os países estão reagindo?

No encontro, a representante britânica, Barbara Woodward, defendeu a paz como a opção corajosa e reiterou a necessidade de um cessar-fogo urgente. A embaixadora americana, Linda Thomas-Greenfield, focou suas críticas na Guarda Revolucionária do Irã.

A China e a Rússia também fizeram suas respectivas declarações, com a China pedindo moderação e a Rússia criticando o uso da força por Israel e seus aliados americanos.

Propostas de paz e continuação dos combates

O Líbano, através de seu vice-embaixador na ONU, Hadi Hachem, mencionou um plano de paz que inclui uma pausa de 21 dias nos combates. Contudo, Israel não aceitou a proposta e continuou com suas operações militares.

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O representante de Israel na ONU, Danny Danon, condenou o ataque iraniano como um “ato de agressão sem precedentes”, comparando as cenas atuais aos bombardeios nazistas em Londres durante a Segunda Guerra Mundial.

A perspectiva iraniana

Amir Saied Iravani, embaixador do Irã na ONU, defendeu o ataque como uma resposta proporcional às ações agressivas de Israel, alegando ser um meio necessário de autodefesa conforme a Carta da ONU.

Em uma reunião em Doha com o emir do Catar, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, destacou que o Irã busca paz e não guerra, mas que Israel está forçando uma reação. Ele afirmou sentir-se enganado pela comunidade internacional, que teria prometido benefício com a contenção iraniana.

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