ORIENTE MÉDIO

ONU classifica ataque de Israel na Cisjordânia como “ilegal”

O bombardeio resultou na morte de 18 palestinos, incluindo crianças e mulheres

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Cisjordânia – Crédito: Getty Images

Em um comunicado contundente, o Escritório de Direitos Humanos da ONU classificou como “ataque aéreo ilegal” a ação de Israel no campo de refugiados de Tulkarem, localizado na Cisjordânia ocupada. O ataque, que ocorreu no dia 3 de outubro de 2023, resultou na morte de 18 palestinos, incluindo crianças e mulheres.

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De acordo com relatos da ONU, o bombardeio israelense destruiu completamente um edifício residencial, além de danificar construções adjacentes. As evidências coletadas indicam que a maioria das pessoas atingidas não estava armada. Consequentemente, a ONU exige uma investigação completa e transparente sobre o ocorrido para que sejam tomadas medidas de responsabilização.

Por que a ONU vê o ataque como ilegal?

Segundo a ONU, as ações das Forças de Segurança de Israel demonstram um padrão preocupante de uso excessivo de força. Tais operações na Cisjordânia resultam em danos significativos à infraestrutura e colocam as vidas de civis em risco diário. O Escritório de Direitos Humanos da ONU argumenta que o ataque em Tulkarem é um exemplo claro do uso sistemático de força letal que muitas vezes é desnecessário.

As autoridades palestinas estão pressionando a comunidade internacional para que haja uma intervenção eficaz e urgente, clamando o ataque de Israel como um “crime hediondo”. A escalada do conflito levanta preocupações não só sobre as vidas perdidas, mas também sobre os desdobramentos políticos na região.

Impactos no Oriente Médio

A situação em Tulkarem é parte de uma série de conflitos mais amplos no Oriente Médio, que envolvem diversas frentes e atores internacionais. Desde o dia 1º de outubro de 2023, quando o Irã lançou mísseis em direção a Israel, a região tem testemunhado um aumento significativo nas hostilidades. As sete frentes de conflito ativas incluem a presença militar de Israel na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Líbano, além de bombardeios em outras áreas como Síria e Iêmen.

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  • Irã: Apoio ao Eixo da Resistência, que inclui apoio financeiro e militar a grupos paramilitares.
  • Hamas: Grupo militante responsável por ataques em Israel, centrado na Faixa de Gaza.
  • Hezbollah: Atuante no Líbano, onde as operações israelenses têm tido impacto devastador.
  • Milícias sírias e outros grupos armados no Iraque e Iêmen.

Como o Brasil se posiciona diante dessa crise?

A escalada de violência no Oriente Médio gerou preocupações globais, incluindo respostas de governos como o do Brasil. O Itamaraty manifestou seu descontentamento com a situação ao condenar as hostilidades e defender a proteção de civis. Além disso, o Brasil implementou uma operação para repatriar cidadãos brasileiros afetados pelos conflitos no Líbano.

Com a crescente tensão, o governo brasileiro tem procurado soluções diplomáticas enquanto apoia a segurança de seus cidadãos no exterior. Esses desenvolvimentos destacam a necessidade de a comunidade internacional aumentar seus esforços em busca de soluções pacíficas e duradouras para o conflito israelense-palestino.

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