BAIRRO NOBRE DE SP

Morte de mulher após queda de elevador do 5° andar de prédio é investigada

Segundo moradores do prédio, que fica em Higienópolis, SP, o elevador havia passado por manutenção da empresa Atlas Schindler 12 dias antes do acidente

Adriana, de 45 anos, estava trabalhando na limpeza de um apartamento e havia acabado de retornar de uma ida ao mercado quando o acidente ocorreu
Adriana, de 45 anos, estava trabalhando na limpeza de um apartamento e havia acabado de retornar de uma ida ao mercado quando o acidente ocorreu – Crédito: Reprodução

Em uma manhã trágica de 6 de agosto de 2023, um acidente envolvendo o despencamento de um elevador marcou a vida de muitas pessoas no Edifício Santo André, localizado na esquina da Rua Piauí com a Avenida Angélica, em São Paulo. O incidente resultou em ferimentos graves para três pessoas, incluindo Adriana Maria de Jesus, que infelizmente faleceu dias depois, em 13 de agosto.

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A tragédia gerou comoção e levantou questões sobre a segurança dos elevadores antigos, principalmente considerando que o equipamento em questão estava em operação há mais de 60 anos. Adriana, de 45 anos, estava trabalhando na limpeza de um apartamento e havia acabado de retornar de uma ida ao mercado quando o acidente ocorreu.

Como aconteceu o despencamento do elevador?

No dia fatídico, Adriana entrou no elevador com as compras. Tudo parecia normal, e não havia indícios de sobrepeso. Quando o elevador chegou ao sétimo andar, dois prestadores de serviço entraram. No momento em que Adriana apertou o botão para descer, o elevador despencou, resultando em várias fraturas para ela e os outros dois passageiros.

Seu marido, Gildélio Alves dos Santos, porteiro do edifício, contou ao G1 que o piso do elevador rompeu, causando fraturas graves em Adriana. “Ela estava consciente quando foi socorrida e pediu para que eu cuidasse de nossa família“, lembrou ele.

Quais foram os desdobramentos após o incidente?

Após o acidente, Adriana passou por várias cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos. Os outros dois homens feridos, um de 63 e outro de 27 anos, também foram hospitalizados e posteriormente liberados. Um deles, no entanto, ficou com sequelas que o impossibilitam de andar.

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Moradores fizeram banner com homenagem às vitimas – Crédito: Reprodução

O ocorrido levantou uma bandeira entre os moradores do prédio e outros interessados, que pedem justiça para a família de Adriana e segurança em edifícios públicos.

Investigação e medidas de segurança

A empresa responsável pela manutenção do elevador, Atlas Schindler, se pronunciou afirmando que solidariza-se com os envolvidos e está colaborando com as investigações. A empresa destacou que o elevador precisava de modernização e que a segurança é um de seus principais pilares.

O caso está sob investigação do 4º Distrito Policial da Consolação. As autoridades buscam esclarecer os fatos e determinar responsabilidades. A Prefeitura de São Paulo confirmou que os elevadores do edifício estavam dentro do prazo de inspeção anual válido, sem pendências relacionadas ao funcionamento.

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Gildélio, em meio à dor da perda, recebe o apoio dos moradores e colegas de trabalho, incluindo alguns do próprio edifício. Ele reforça a importância de se investigar a fundo para evitar que tragédias como essa voltem a acontecer.

O Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios de São Paulo manifestou seu pesar pela morte de Adriana e expressou seu compromisso em acompanhar de perto as investigações. A nota destaca a importância da segurança no ambiente de trabalho e nas moradias.

Em situações como essa, a solidariedade e o apoio da comunidade são fundamentais para amparar os que ficam, como no caso de Gildélio, que encontrou em seus vizinhos e colegas um suporte significativo para enfrentar o luto.

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