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Haiti: gangues matam ao menos 70 pessoas

Esse cenário desolador agrava ainda mais a crise de segurança e fome no país, enquanto as organizações internacionais e o governo haitiano buscam formas de contenção

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Haiti – Crédito: Getty Images

No mais recente capítulo de violência no Haiti, membros da gangue Gran Grif realizaram um ataque brutal na cidade de Pont-Sondé, deixando um rastro de morte e destruição. Segundo informações reveladas pela ONU no dia 4 de outubro de 2024, o ocorrido despertou preocupações internacionais e levou a uma série de condenações contra a ação violenta.

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O ataque, que aconteceu na madrugada do dia 3, resultou na morte de pelo menos 70 pessoas, incluindo três crianças, além de forçar o deslocamento de cerca de 3 mil residentes. Esse cenário desolador agrava ainda mais a crise de segurança e fome no país, enquanto as organizações internacionais e o governo haitiano buscam formas de contenção.

Qual a situação atual da violência no Haiti?

Pont-Sondé, uma importante cidade produtora de arroz na região de Artibonite, é apenas uma das áreas afetadas pela violência exacerbada de gangues no Haiti. A região, crítica para a economia local, também atua como um cruzamento vital que conecta a capital Porto Príncipe ao norte do país. Infelizmente, esse cenário de importância estratégica não escapa da terrível violência que assola a nação, com gangues impondo seu poder e influência sobre as áreas vulneráveis.

De acordo com o governo haitiano, os criminosos incendiaram mais de 45 casas e 34 veículos durante o ataque. Famílias foram arrancadas de seus lares, buscando refúgio em cidades costeiras próximas, como Saint-Marc, enquanto a crise de deslocamento continua a aumentar.

Como a comunidade internacional está respondendo?

A situação em Pont-Sondé e em tantas outras partes do Haiti não passa despercebida pela comunidade internacional. Em um comunicado oficial, a ONU expressou horror e repúdio diante dos atos brutais, destacando a gravidade da crise contínua. O primeiro-ministro haitiano, Garry Conille, também destacou a necessidade de intervenção mais robusta e o apoio crescente de parceiros internacionais para restaurar a ordem.

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No contexto das relações internacionais, a China e a Rússia bloquearam uma proposta no Conselho de Segurança da ONU para transformar a missão de voluntários em uma operação de manutenção da paz mais formalizada. Nesse sentido, a resposta tem sido lenta e muitas vezes insuficiente para combater a grave crise de segurança no país.

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