guerra sem perspectiva de fim

Funcionário da ONU afirma que moradores de Gaza ‘continuam desesperados’

O conflito, segundo Israel, visa desmantelar o grupo Hamas, e já causou mais de 41 mil mortes, além de uma crise humanitária de grandes proporções

Um ano após os ataques de 7 de outubro, o povo de Gaza continua lutando para suportar o impacto de uma ofensiva contínua por parte de Israel.
Ataques israelenses à Gaza – Crédito: X/Reprodução

Um ano após os ataques de 7 de outubro, o povo de Gaza continua lutando para suportar o impacto de uma ofensiva contínua por parte de Israel, disse à CNN um alto funcionário das Nações Unidas no enclave.

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“As pessoas aqui continuam desesperadas. Os reféns permanecem em Gaza, as suas famílias esperam por eles”, disse Georgios Petropoulos, chefe do subescritório de assuntos humanitários da ONU em Gaza, a Rosemary Church da CNN.

“Mesmo às 4h da manhã. Esta manhã, fomos acordados por novos bombardeamentos aqui em Rafah, Gaza… Desde jatos a zumbir, bombardeamentos e disparos de tanques. A única coisa que resta em Gaza diria que é esperança. Nossos suprimentos são quase zero”.

Intensificação da guerra em Gaza

Forças militares de Israel intensificaram uma nova ofensiva no norte de Gaza neste fim de semana, poucos dias antes de completar um ano dos ataques de 7 de outubro, que deixaram mais de 1.200 mortos. O conflito em Gaza, segundo Israel, visa desmantelar o grupo Hamas, e já causou mais de 41 mil mortes, além de uma crise humanitária de grandes proporções.

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De acordo com Petropoulos, cerca de 100 mil pessoas estão feridas desde o início dos confrontos, e muitas outras, em número desconhecido, permanecem soterradas em Gaza. “Há combates por aí, não há locais seguros”, alertou ele.

Estima-se que 430 mil pessoas ainda permaneçam no norte de Gaza, segundo Petropoulos, mas muitos deslocados hesitam em se mover para o sul, devido à escassez de suprimentos que afeta todo o território.

“Se 430 mil pessoas são forçadas a vir para o sul, tenho de ser muito claro: não faço ideia onde as iremos colocar, o que lhes daremos para comer e como iremos abrigar estas pessoas”, afirmou Petropoulos.

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O aumento dos bombardeios e o avanço das tropas israelenses resultaram no deslocamento de aproximadamente 50 mil pessoas nas últimas 24 horas, provenientes de áreas como Beit Hanoun, Beit Lahia e Jabalya, informou Petropoulos.

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