Os carros e celulares talvez sejam os produtos que mais rapidamente evoluem ao longo dos anos. Um smartphone de uma década atrás mal se compara ao que os modelos atuais são capazes de proporcionar. Isso também se aplica aos automóveis, onde as mudanças são tão significativas que muitos modelos e segmentos desapareceram completamente.
Quer seja por questões legais, tendências do mercado ou simplesmente preferências dos consumidores, alguns tipos de carros deixaram de existir e não retornarão.
O mercado automotivo tem passado por grandes transformações, com diversos modelos sendo extintos. Se você é apaixonado por carros, notará que a cada ano novas mudanças ocorrem, e com elas, alguns modelos e características específicas deixam de existir.
Por que os conversíveis generalistas desapareceram do mercado?
Lembra daqueles clássicos conversíveis como o Renault Mégane CC ou o Peugeot 206 e 307? Esses modelos, que outrora eram comuns entre as marcas mais populares, não estão mais presentes nas ruas. Hoje, apenas a Fiat, com seu modelo 500C, mantém um conversível no mercado, embora ele seja mais um hatch com teto solar de tecido.
Os conversíveis, que foram relegados a status de luxo devido ao alto custo de produção e baixas vendas, se tornaram raridade. Muitas marcas de luxo já optaram por sair desse segmento. Marques como Audi, Volvo e Mercedes tomaram a decisão de minimizar ou eliminar suas linhas de modelos conversíveis em resposta às demandas do mercado contemporâneo.
O que causou o desaparecimento das peruas brasileiras?
As peruas, como a icônica Volkswagen Parati e a Fiat Weekend, são praticamente inexistentes no Brasil após a imposição de leis como a obrigatoriedade do Isofix, encosto de cabeça e cinto de segurança para todos os passageiros. Esse segmento foi canibalizado por minivans e SUVs, que caíram no gosto do consumidor tanto no Brasil quanto nos EUA.
Apesar de uma resistência maior na Europa, onde as peruas ainda têm espaço, a produção local no Brasil é algo que não deve ocorrer nos próximos anos. Com o domínio dos SUVs, é improvável que as station wagons retornem ao mercado nacional, a menos que ocorra uma mudança drástica nas tendências de consumo.
Aventureiros compactos: um adeus inevitável?
Os aventureiros compactos foram uma febre nos anos 2000 e 2010, liderados por modelos como a Fiat Palio Weekend Adventure. Atualmente, marcas como a Honda e Volkswagen optaram por focar em SUVs compactos, que oferecem margens de lucro maiores. Exemplos disso são o substituto do Fit Twist pelo WR-V e a ausência de uma versão Cross do Polo, sendo essa função agora desempenhada pelo Nivus.
Essa tendência também se refletiu nas decisões da Renault em substituir modelos como Sandero, Logan e Stepway pelo Kardian. A lógica é clara: consumidores estão dispostos a pagar mais por SUVs que oferecem mais conforto e status.
Faróis escamoteáveis: por que não os vemos mais?
Os faróis escamoteáveis, famosos em modelos como o Mazda Miata e Honda NSX, desapareceram devido a regulamentos de segurança mais exigentes na Europa e nos EUA. Embora fossem um charme dos anos 1990, essas estruturas apresentavam riscos de segurança para pedestres, levando à sua extinção.
A federalização rigorosa de segurança exigiu o redesenho de muitas características automotivas, resultando na eliminação de designs icônicos que, embora adorados, não cumpriam com os novos padrões.
Quem ainda usa câmbio manual em carros médios?
No Brasil, encontrar um carro médio com câmbio manual tornou-se uma tarefa árdua. Os modelos europeus ainda oferecem essa opção, porém, com a transição obrigatória para veículos elétricos, até mesmo na Europa essa realidade está com os dias contados.
Hoje, o câmbio manual sobrevive especialmente nas picapes, que o exigem para situações de trabalho específicas. Nos SUVs e sedãs, sua presença já é rara, enquanto nos hatchbacks ainda há alguma resistência devido ao fator preço.
Os tempos mudam, e com eles, os carros que dirigimos. Mas e você, qual carro gostaria de ver de volta nas ruas? Deixe sua sugestão nos comentários!
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