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Cuba apresenta pedido formal para integrar o BRICS

Com a Rússia na presidência do grupo em 2024, essa iniciativa cubana ganha ainda mais destaque

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Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba – Crédito: Getty Images

O governo de Cuba deu um passo significativo ao solicitar formalmente sua entrada no grupo do BRICS na última terça-feira, 8. Este bloco, que inicialmente contava com Brasil, Rússia, Índia e China, tem se consolidado como uma força relevante na geopolítica global. A África do Sul, já membro do bloco, abriu o caminho para a inclusão de outras nações emergentes.

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Carlos M. Pereira, diretor de Assuntos Bilaterais da Chancelaria cubana, comunicou através de sua conta no X (antigo Twitter) que Cuba enviou uma carta ao presidente russo, Vladimir Putin, manifestando seu desejo de ingressar no BRICS. Com a Rússia na presidência do grupo em 2024, essa iniciativa cubana ganha ainda mais destaque.

O que motivou Cuba a buscar integração ao BRICS?

De acordo com Pereira, o BRICS se estabeleceu como um “ator chave na geopolítica global” e representa uma esperança para a região. A entrada de Cuba no bloco poderia proporcionar vantagens significativas em uma plataforma que busca promover cooperação econômica, tecnológica e política entre países emergentes, oferecendo alternativas ao G7.

O interesse cubano coincide com a dinâmica atual do BRICS, que recentemente expandiu seu quadro de membros para incluir Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Egito. Essa ampliação reflete a crescente influência e a atratividade do grupo para nações que buscam maior representação e colaboração internacionais.

A participação de Cuba na cúpula ampliada de outubro de 2024, em Cazã, na Rússia, pode ser um marco importante. O convite já foi extendido ao presidente cubano Miguel Díaz-Canel. Esta reunião será uma oportunidade crucial para Cuba demonstrar seu potencial e discutir áreas de interesse mútuo com os demais membros do BRICS.

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Viktor Coronelli, embaixador russo em Havana, afirmou que Cuba está interessada praticamente em todas as esferas de atividade do BRICS. No entanto, ainda será necessário aguardar a decisão sobre a concessão do status de associação para identificar as áreas em que Cuba poderá participar mais ativamente.

O BRICS como alternativa viável ao G7

A adesão ao BRICS tem sido vista por muitos países como uma alternativa ao G7, especialmente para nações emergentes que buscam um cenário multilateral mais equilibrado. As recentes adições de membros ao BRICS reforçam essa visão.

Com a entrada de novos membros, como Cuba, o BRICS continua a expandir seu alcance e influência. O interesse de países latino-americanos, como Bolívia, em juntar-se ao grupo, também destaca a importância crescente do BRICS na região.

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Ainda não está claro como essa adesão poderá evoluir ao longo do tempo, mas o cenário geopolítico atual certamente se tornará mais dinâmico e interconectado com os movimentos do BRICS. Espera-se que Cuba e outros novos participantes tragam contribuições significativas ao bloco, incrementando ainda mais a sua relevância global.

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