ENTENDA

Ilhas Canárias: mais de 230 imigrantes são resgatados em barcos

Entre eles, estavam 14 mulheres e três crianças, o que enfatiza a situação desesperadora de famílias inteiras que enfrentam a perigosa travessia

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Resgate nas Ilhas Canárias – Crédito: Reprodução/YouTube

O drama migratório no Atlântico ganhou mais um capítulo recente com o resgate de mais de 230 migrantes de um barco precário nas águas das Ilhas Canárias, Espanha. O ocorrido, registrado no domingo, dia 20, destacou-se não apenas pela quantidade de sobreviventes, mas também pelo estado de fragilidade da embarcação de madeira usada na tentativa de cruzar o oceano em busca de segurança e melhores condições de vida.

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Entre os resgatados, estavam 14 mulheres e três crianças, o que enfatiza a situação desesperadora de famílias inteiras que enfrentam a perigosa travessia. Este incidente marca o maior número de indivíduos resgatados em uma única operação deste tipo no arquipélago em 2024, segundo relataram as autoridades costeiras espanholas à Reuters.

Por que a rota das Ilhas Canárias é tão perigosa?

A escolha da rota do Atlântico até as Ilhas Canárias, embora extremamente arriscada, se tornou estratégica para migrantes que buscam escapar de condições adversas em suas nações de origem. As estatísticas governamentais mostram que 32.878 migrantes se aventuraram por esta via entre janeiro e outubro deste ano, evidenciando um aumento significativo de quase 40% em comparação com 2023.

Apesar dos riscos inerentes, tanto a distância quanto as condições meteorológicas imprevisíveis, muitos continuam a utilizar este caminho. A travessia geralmente envolve embarcações que não são adequadas para o mar aberto, frequentemente sobrecarregadas e sob condições de segurança precárias.

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O crescimento da migração irregular

Nos últimos anos, a rota do Atlântico que leva às Ilhas Canárias se destacou pelo crescimento acelerado da migração irregular. Este aumento é atribuído à intensificação de conflitos, mudanças climáticas e condições econômicas deteriorantes em vários países africanos, que impulsionam as populações locais em busca de alternativas na Europa.

Ainda que o número de migrantes nesta rota seja elevado, ele ainda está abaixo dos volumes observados na rota do Mediterrâneo Central, que tem a Itália como um dos destinos principais. O movimento migratório via Mediterrâneo se mantém como uma das principais rotas para pessoas deslocadas que buscam asilo e segurança.

Crise migratória nas Canárias

O ressurgimento dos fluxos migratórios nesta região desafia as capacidades de resposta das autoridades espanholas e das organizações de resgate. Os guardas costeiros desempenham um papel vital no monitoramento e resgate de embarcações em perigo. Além disso, há esforços articulados junto a organizações não-governamentais que prestam assistência humanitária e médica aos migrantes ao desembarcarem.

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Apesar dos esforços locais e internacionais para mitigar os perigos desta jornada, muitos problemas persistem. As soluções a longo prazo exigem abordagens multifacetadas que abordem as causas fundamentais da migração, incluindo desenvolvimento econômico, estabilidade política e segurança nas regiões de origem.

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