NEGOCIAÇÕES

Frente da Agropecuária e Frente Ambientalista buscam diálogo na Câmara

Mudanças na organização do Mapa e a tragédia ocorrida em São Sebastião (SP) estão na pauta dos dois movimentos.

Frente da Agropecuária e Frente Ambientalista buscam diálogo na Câmara
O vice-presidente da FPA na Câmara, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) quer rever mudanças na organização interna do Mapa (Crédito Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Os novos coordenadores das frentes parlamentares Ambientalista e da Agropecuária, organizadas na Câmara Federal dos Deputados, buscam o diálogo para melhorar a produtividade agrícola sem prejudicar o meio ambiente.

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Com o início da nova legislatura, as duas frentes serão relançadas na primeira semana de março. A Frente Parlamentar Ambientalista promove evento de relançamento no dia 1º, e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), no dia 7. Na pauta mais imediata das duas frentes estão as mudanças na Esplanada que dividiram o Ministério da Agricultura e Pecuária e a recente tragédia climática que provocou mortes no litoral norte de São Paulo.

O vice-presidente da FPA na Câmara, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), afirmou, em entrevista à Rádio Câmara, que a frente vai buscar reverter duas medidas do novo governo: a transferência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do Ministério da Agricultura para o do Desenvolvimento Agrário; e a incorporação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Plano de Regularização Ambiental pelo Ministério do Meio Ambiente.

“Nós sempre consideramos que áreas ligadas ao agronegócio devem estar aglutinadas no mesmo esforço”, defendeu o congressista. Jardim ainda acrescentou que “a Conab é a verdadeira central de inteligência do agro”.

O coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, o também deputado Nilto Tatto (PT-SP), defendeu uma perspectiva agroecológica na produção de alimentos. “Na própria política de reforma agrária para enfrentar a inflação e a fome”, destacou.

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Para Tatto, o desafio do setor é preservar os biomas com o objetivo de minimizar os efeitos das mudanças climáticas. “Vamos trabalhar para que o governo avance na demarcação das terras indígenas, nos territórios quilombolas e comunidades extrativistas. Na criação de unidades de conservação, na perspectiva do cuidado, da biodiversidade”, explicou.

No Congresso Nacional, a frente vai buscar, segundo ele, barrar o PL 3729/04, que promove a revisão do licenciamento ambiental. Ele reconheceu a necessidade de atualizar a legislação, mas não da forma prevista no projeto. “Não pode ser aquele projeto porque ele vai flexibilizar mais e, portanto, colocar mais gente em situação de risco, causando mortes como a gente assistiu agora no litoral norte de São Paulo.

 

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