HORTIFRÚTI

Frutas registraram queda nos preços, informa Conab

Tomate e batata fizeram caminho inverso e apresentaram alta na cotação em 2022.

Frutas registraram queda nos preços, informa Conab
Mamão, laranja e banana foram algumas frutas que apresentaram queda nos preços (Crédito: Canva Fotos)

Uma queda nos preços de produtos hortifrúti, como banana, laranja, mamão e melancia, foi registrada no ano de 2022, segundo a Agência Brasil em informativo divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

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A razão para esta queda nos hortifrútis, informou a companhia, se deu em razão da maior oferta dos produtos e também a menor demanda por parte dos consumidores em geral.

O 1º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), no entanto, identificou alta, nas Centrais de Abastecimento (Ceasas), das cotações de batata e tomate, em parte pela transição de safras. O documento de janeiro apresenta cotações observadas em dezembro de 2022.

Para a Conab, a queda no preço da banana foi influenciada principalmente pela maior oferta da banana nanica, favorecida pelas chuvas e temperaturas de novembro em suas principais regiões produtoras, com reflexos nas vendas ocorridas em dezembro e janeiro.

O gerente substituto de produtos hortifrutigranjeiros, Ênio Souza, afirmou que “no caso da banana prata, tivemos uma oferta controlada, mas com alta de preço para o produto. Houve ligeiro aumento da oferta e queda de preços para a banana nanica”.

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MAMÃO E LARANJA

O mamão também teve oferta controlada, no caso do tipo papaia, enquanto o formosa acusou pequeno aumento de produção em regiões da Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará.

“As exportações de mamão em 2022 caíram principalmente por causa da baixa oferta nacional, decorrente de problemas nos anos anteriores, que resultaram em redução da área plantada”, argumentou Souza.

O preço da laranja apresentou tendência de queda de consumo e de preço na maioria das centrais analisadas pela Conab. Segundo a companhia, essa queda se deve ao fato de dezembro ter sido um mês atípico – com Copa do Mundo, no início, e a concorrência com as frutas do natal, no fim do mês, como ameixa e pêssego.

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“As cotações de laranja apresentaram poucas oscilações, oferta controlada no varejo, devido à boa absorção da fruta pela indústria produtora de suco. Então, temos boas perspectivas para a indústria de suco para exportação e perspectiva de crescimento no mercado europeu, além de conquista de mais espaço no mercado norte-americano e da manutenção do preço do suco em patamares elevados”, disse o gerente da Conab.

MELANCIA E MAÇÃ

As peculiaridades de dezembro exerceram também influência no preço da melancia e da maçã. No caso da melancia, esse fator foi potencializado pelo clima mais chuvoso, que resultou em um “menor fluxo de comercialização, impactando negativamente nas cotações”, explicou o gerente. A redução de preço foi determinada também pela maior oferta desse produto, em especial em São Paulo.

De acordo com a Conab, entre as frutas analisadas no documento, apenas a maçã teve alta nos preços em dezembro, com os estoques nas companhias estando baixos, o que pressiona as cotações.

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“Para a maçã, esses estoques baixos eram destaque no final de 2022, e os preços continuam elevados. Só não dispararam devido à rejeição dos consumidores em relação aos preços que já estavam em ascensão”, relatou Ênio Souza.

BATATA, TOMATE E ALFACE

O relatório da Conab identificou que, se por um lado a maioria das frutas teve queda de preços em dezembro, ao mesmo tempo outros hortifrútis, como batata e tomate ficaram mais caros.

“Em Rio Branco, a alta na cotação do tubérculo chegou a 61,4%. Esse aumento é explicado pela finalização da safra de inverno e entrada, ainda insuficiente para atender a demanda, da safra das águas”, detalhou a Conab.

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Situação similar foi observada com o tomate, onde ocorre a transição da safra de inverno para o verão. “A alta da média ponderada de preço em dezembro foi de 18,37% em relação à média de novembro. Os níveis atuais de disponibilidade do fruto nos mercados não sustentam os preços, pressionando-os para cima”, justificou.

Com relação à batata, os preços estão em alta em grande parte dos mercados, com o preço médio ponderado subindo 5,71% em relação a novembro. As maiores altas ocorreram nas Ceasas de Rio Branco (AC), com 61,40% e do Rio de Janeiro com 20,38%.

“A alta não foi unânime, sendo que em São Paulo a cotação ficou 5,75% abaixo de novembro. Pelo lado da oferta, ocorreu a intensificação da safra das águas, sobretudo no Paraná, elevando as entradas nas Ceasas”, constatou a pesquisa.

Foi também verificado aumento no preço da alface, cuja cotação foi influenciada pelas condições climáticas das regiões produtoras. “Além disso, com as temperaturas mais elevadas no verão, a demanda pelas folhosas tende a aumentar, mantendo os preços em alta”.

EXPORTAÇÕES DE FRUTAS

O boletim da Conab também verificou que, em 2022, o acumulado de exportações de frutas foi menor em relação a 2021 tanto em volume quanto em receita.

As frutas enviadas ao exterior somam 1,04 milhão de toneladas, “queda de 15,9%, enquanto que o faturamento ficou em torno de US$ 1,08 bilhão, 11,6% abaixo daquilo que foi computado em 2021. O menor ritmo nas vendas ao mercado externo é explicado tanto pelo aumento nos custos de produção como pelos problemas climáticos em importantes áreas de cultivo que prejudicaram a produção das frutas no país”, finalizou o boletim da Conab.

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