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Haddad e ministro francês querem apoio do agronegócio para acordo Mercosul-UE

A negociação entre os dois blocos enfrenta resistência entre os produtores rurais franceses, responsáveis pela maior produção agrícola na União Europeia

Haddad e ministro francês querem apoio do agronegócio para acordo Mercosul-UE
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca apoio dos produtores do agro para realizar o acordo entre os dois blocos econômicos (Crédito Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal)

Os ministros da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, e da França, Bruno Lê Maire, querem o apoio do agronegócio para concretizar o acordo Mercosul-UE. Eles se reuniram nesta sexta-feira (23), durante a cúpula que acontece em Paris.

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Haddad e Lê Maire conversaram sobre a necessidade de aproximar produtores do agronegócio de ambos os países com o objetivo de avançar com o acordo entre os blocos econômicos.

A França tem uma resistência histórica ao acordo.  Os produtores rurais franceses temem que as matérias-primas sul-americanas prejudiquem seus negócios. Os franceses contam há décadas com muitos subsídios ao setor agrícola, além de serem responsáveis pela maior produção agrícola da União Europeia.

O acordo entre os dois blocos econômicos, que criaria a maior área de livre comércio do mundo, é um dos temas em foco na cúpula sobre o Novo Pacto Financeiro Global, que acontece em Paris nesta semana.

A ideia dos ministros é mobilizar sindicatos, empresários do setor e atores ligados ao agronegócio de forma geral para esmiuçar o diálogo. Os ministros também falaram sobre ampliar a parceria comercial entre os dois países. Haddad convidou Lê Maire para visitar o Brasil no segundo semestre do ano.

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Presidente Lula critica acordo

Tanto na visita à Roma, quanto em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou as exigências ambientais feitas pelos europeus para o avanço do acordo entre os blocos.

Lula disse que as exigências são como uma ameaça. “Não é possível que a gente tenha uma parceria estratégica e haja uma carta adicional fazendo ameaça a um parceiro estratégico. Como vamos resolver isso?”, disse em pronunciamento durante a cúpula. Ainda assim o presidente disse que está “doido” para fazer um acordo com a UE.

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