ALIMENTAÇÃO

Inflação de alimentos respondeu por quase a metade da alta dos preços em 2022

A subida de 5,8% no IPCA impactou diretamente a renda das famílias

Inflação de alimentos respondeu por quase a metade da alta dos preços em 2022
Inflação de alimentos afetou consumo das famílias em 2022. (Crédito: Canva fotos)

A inflação do grupo alimentação e bebidas respondeu por quase metade da alta de 5,8% registrada no ano passado, segundo a nota “Inflação de Alimentos: como se comportaram os preços em 2022”, publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Publicidade

A alta de 5,8% na inflação se refere ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dos nove grupos de produtos e serviços comercializados no varejo que compõem o IPCA, o grupo alimentação e bebidas foi o que apresentou maior peso na composição do índice agregado (21,9%) em 2022.

A alimentação no domicílio registrou alta de 13,2% no período, uma contribuição de 1,96 ponto percentual (p.p.) na variação do IPCA geral. Por sua vez, a alimentação fora do domicílio teve 7,5% de variação acumulada, e contribuiu com 0,42 p.p. na variação do IPCA geral.

Para o coordenador de Crescimento e Desenvolvimento Econômico na Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac), José Ronaldo Souza Júnior diversos fatores podem explicar o comportamento desses preços. Segundo ele, em entrevista ao Canal Rural, fenômenos climáticos adversos e altas de custos afetaram de maneira negativa importantes culturas em 2022.

Publicidade

A estes fatores se somam os impactos do conflito entre a Rússia e a Ucrânia sobre produtos como o trigo, que explicam em grande parte o comportamento dos preços dos alimentos no ano passado.

Na análise de todos os itens da alimentação no domicílio,  leites e seus derivados foi o único que teve peso alto (12,4%) e grande variação em 2022 (22,1%). De acordo com o pesquisador associado na Dimac, Diego Ferreira, leites & derivados foi o item que mais contribuiu com a inflação de alimentos, em razão da restrição na oferta, da elevação dos custos de produção, do efeito do fenômeno La Niña sobre a disponibilidade de pastagens e, por fim, da redução dos investimentos no setor. Todos estes fatores pesaram para a queda no potencial de produção leiteira.

&nb

Publicidade

sp;

Publicidade

Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.