COTONICULTURA

Safra de algodão pode superar 3 milhões de toneladas

Mato Grosso e Bahia são os principais estados produtores da fibra; em área plantada, respondem por quase 90% do total.

Safra de algodão pode superar 3 milhões de toneladas
A ABRAPA espera que a produtividade chegue a 1.827 quilos por hectare (Crédito: Canva Fotos)

A produção de algodão no Brasil deve ultrapassar três milhões de toneladas da fibra na safra 2022/23. Em 20 anos, a marca foi atingida apenas uma vez, no ciclo 2019/2020. Os produtores de algodão mantiveram a área plantada em um momento em que os custos de produção estavam nos patamares mais altos da história.

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No atual ciclo, as lavouras brasileiras de algodão ocuparam 1,65 milhão de hectares, e a expectativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA) é de que a produtividade fique em torno de 1.827 quilos por hectare. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (02), na 70ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seus Derivados, na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Brasília.

Embora otimistas em relação aos números apresentados por todos os setores que participam da Câmara, os cotonicultores ressaltaram que ainda é muito cedo para contar a estimativa como certa, e o clima será definitivo para a confirmação.

Apenas recentemente o estado de Mato Grosso, maior produtor nacional de algodão, concluiu o plantio da safra, quase no limite da janela permitida, e razão do atraso na colheita da soja. As lavouras mato-grossenses somam 1,18 milhão de hectares. Na Bahia, segundo maior produtor brasileiro, a área plantada ficou em 312 mil hectares, um incremento de 1,8% em relação ao ano agrícola de 2021/2022.

O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, explicou  que o produtor brasileiro de algodão deu um importante recado para o mercado e que o setor está confiante com relação à safra 2022/23.

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“Não apenas mantivemos nossa área, quando a situação se tornou desfavorável, como até tivemos pequeno incremento. Temos uma estrutura específica para o algodão e não podemos deixá-la ociosa. Acreditamos na cotonicultura, temos compromisso com o mercado, e, talvez antes mesmo do que esperávamos, vamos ser o primeiro exportador do produto no ranking mundial. O mundo pode contar com nosso algodão, que, além de escala, tem sustentabilidade e rastreabilidade”, afirmou Schenkel em entrevista à mídia.

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