ESTIAGEM

Seca no Rio Grande do Sul preocupa produtores de arroz

A situação mais crítica ocorre na região Central e Fronteira Oeste do estado; cidades como Uruguaiana e São Borja são as mais afetadas.

Seca no Rio Grande do Sul preocupa produtores de arroz
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do país; área para o cultivo do grão caiu 12% na safra 2022/23 (Crédito: Canva Fotos)

A situação das lavouras de arroz no Rio Grande do Sul é motivo de preocupação entre os produtores em razão da seca que atinge o estado, que é o maior produtor do grão no Brasil. A afirmação foi feita pelo presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, durante uma coletiva de imprensa do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), em Porto Alegre.

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Ele afirmou que “grande parte das lavouras está em fase reprodutiva, o que é muito preocupante”, acrescentando que o custo de produção também deve ter atenção total dos rizicultores. “A situação é mais crítica na parte Central e Fronteira Oeste do estado”, acrescentou

De acordo com o presidente do Irga, Rodrigo Machado,  cerca de 12 mil hectares plantados com o cereal já foram abandonados na Fronteira Oeste. “Uruguaiana, Maçambará e São Borja são as cidades que têm a pior situação”, detalhou. Ainda acrescentou que “na Depressão Central, são mais 2,1 mil hectares abandonados”.

Mesmo com o déficit hídrico atual, ainda é cedo para estimar a produção de arroz da safra 2022/23, segundo Machado. “A colheita é muito incipiente e qualquer estimativa agora é precipitada”, advertiu.

A engenheira agrônoma e diretora técnica do Irga, Miyuki Tomita, explicou ainda que a área na safra 2022/23 foi estimada em 839 mil hectares, com uma queda representativa de 12% frente à temporada 2021/22, quando somou 957 mil hectares. “O corte foi maior que o estimado na intenção de plantio, que era de 10%”, lembrou.

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Todas as regionais do Irga diminuíram a área na atual temporada. “A menor redução foi na Zona Sul, com 14,99%”, relatou a diretora. Já a soja em terras altas foi prevista em 505 mil hectares no estado, alta de 19% em relação a 2021/22, quando atingiu 426 mil hectares. “A soja está bem estabelecida na rotação como o arroz”, finalizou.

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