ESTOQUE

Preços do arroz podem ficar estáveis neste ano

Razão entre consumo e exportação do cereal apresentará paridade; RS é o maior produtor.

Preços do arroz podem ficar estáveis neste ano
Margens de lucro para produtores de arroz deverão se manter estáveis (Crédito: Canva Fotos)

O arroz terá uma produção total de 10,4 milhões de toneladas, a menor dos últimos 21 anos, volume próximo do consumo interno de 10,6 milhões de toneladas, indica a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Rio Grande do Sul é o maior produtor; Santa Catarina e Tocantins também se destacam na produção do cereal.

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De acordo com a consultoria Agro do banco Itaú, esta conjuntura de produção e consumo, agregada com exportações mais sólidas, fará com que a relação estoque/consumo seja mais estreita do que em 2021, no qual os preços do cereal em casca ultrapassaram a marca dos R$ 100.

A consultoria aponta que a combinação entre menor oferta na próxima safra e o fluxo intenso de exportações pode sustentar os preços do cereal. Vale destacar que os grandes impulsionadores têm sido o câmbio e as cotações em Chicago, a principal origem competidora para os compradores do arroz nacional. Se qualquer um deles sofrerem alterações, os preços podem perder força mesmo num momento de entressafra.

A combinação entre balanço apertado do cereal e a boa capitalização do produtor com a soja como uma segunda cultura, diminui a necessidade do rizicultor em gerar caixa com a comercialização do arroz, e, portanto, reduz a oferta na janela de colheita em que os preços são menores.

Ainda de acordo com o relatório também feito para a indústria, o desafio estará na ponta compradora. Ainda que a produção ainda seja, em sua maior parte, voltada para o consumo interno, a os valores de exportação têm criado menores espaços para negociação com os produtores.

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Segundo a consultoria, para manutenção de margens de lucro, será importante o repasse dos aumentos dos custos para os atacadistas e/ou a aquisição de matéria-prima via importação com custo menor. Além disso, a gestão de estoques e de compras ao longo de todo ano e a criação de modelos de parcerias com produtores parecem um caminho interessante a ser seguido, conclui o estudo.

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