As vendas da indústria láctea do Rio Grande do Sul totalizaram R$ 16,87 bilhões nos últimos 12 meses. O crescimento da cadeia produtiva da indústria láctea foi 6,6% maior com relação a 2021, quando alcançaram R$ 15,82 bilhões. Os dados são do levantamento da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).
Mais da metade da produção láctea teve como destino outras unidades da Federação (56,7%), informa o Sindilat-RS (Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul), com base no levantamento da Sefaz. As vendas internas vieram a seguir (41,3%) e as exportações, em terceiro (2,0%).
“Mesmo com uma participação muito pequena, houve um crescimento superior a 300% nos valores exportados, de R$ 76 milhões para R$ 341 milhões nos últimos 36 meses”, pontua o informe do Sindilat-RS.
A Sefaz divulgou um conjunto de dados referentes à cadeia produtiva em cinco áreas: vendas e compras de insumos, compras de bens de capital e valor adicionado. O governo de Eduardo Leite se comprometeu a realizar atualizações trimestrais e dialogar com o setor sobre as informações obtidas.
Nos últimos 12 meses, a compra de insumos para industrialização alcançou R$ 15,53 bilhões, um aumento de 4,8% em comparação a igual período anterior, quando atingiram R$ 14,82 bilhões.
O valor de R$ 15,53 bi, pondera o Sindilat, inclui diferentes insumos. Entre eles, itens como embalagens, adquiridas 100% fora do Rio Grande do Sul. O secretário-executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini, afirmou que o estado tem que comprar insumos de outras unidades da Federação “porque não são produzidos no Rio Grande do Sul”.
Segundo o sindicato, os dados demonstraram em números a dificuldade criada pelo Fator de Ajuste de Fruição (FAF). “Por isso, o nosso pleito pela revisão do FAF”, diz o Palharini.
O assunto já está sendo tratado pelo governo. Conforme o auditor fiscal Giovanni Padilha, coordenador do Desenvolve RS, está prevista para 20 de fevereiro a divulgação de relatório com os reflexos do FAF, que servirá de base para o governo avançar na discussão da medida solicitada pelo setor lácteo.
Para o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, a divulgação das informações é essencial para embasar o desenvolvimento do setor. Os dados, ressalta, estão muito próximos dos que vinham sendo estimados pelas indústrias para definir suas ações. “Estamos aprofundando mais o olhar sobre o setor por meio desses dados, que vamos estudar melhor. Um dos fatores principais para desenvolver a cadeia é entender o setor, suas potencialidades e fragilidades e elaborar planos estruturados”, enfatiza Portella.
Siga a gente no Google NotíciasBom dia! Assumo com muita honra a presidência da Subcomissão do Leite da @camaradeputados para acompanhar, avaliar e propor medidas sobre a produção de leite no Brasil. No RS, o setor vive um momento de atenção e me coloco ao lado dos produtores para criar ferramentas de solução. pic.twitter.com/o2lBrq4uos
— Alceu Moreira (@Alceu_Moreira) May 28, 2021