APAGÃO

500 mil imóveis em SP continuam sem energia nesta segunda-feira, 64 horas após o temporal

O prefeito da cidade afirmou que a lentidão na resolução deste problema é responsabilidade da Enel, a qual prevê uma normalização do serviço até terça-feira (7)

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(Crédito: Reprodução/X)

Nesta segunda-feira (6), a Enel informou que 500 mil imóveis da Grande São Paulo continuam sem energia, situação que teve início com o temporal que atingiu o estado na sexta-feira (3).

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Dentre as propriedades afetadas, 413 mil estão localizados na capital paulista, de acordo com o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Além disso, 12 escolas municipais não puderam abrir pela falta de eletricidade, 77 semáforos continuam inoperantes e 125 árvores que caíram ainda precisam ser desenergizadas.

Em entrevista à TV Globo, o prefeito da cidade de São Paulo afirmou que a lentidão na resolução deste problema é responsabilidade da Enel, a qual prevê uma normalização do serviço até terça-feira (7).

“Estamos aqui com todo o esforço, ampliamos as equipes, estamos com a Defesa Civil, pessoal das subprefeituras para poder trazer a cidade de volta o quanto antes. Mas em muitas situações, a gente depende que a Enel faça o seu trabalho de desligamento para poder remover as árvores e reestabelecer a energia. Situação bastante difícil”.

Até agora, a Enel comunicou que a falta de luz atingiu 2,1 milhões de pessoas, mas que a empresa já restabeleceu 76% da distribuição de energia elétrica em São Paulo.

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Queda de árvores no temporal

Das sete pessoas que morreram pelas chuvas no estado, pelo menos quatro foram vítimas da queda de árvores. A respeito desse tópico, Ricardo Nunes reiterou o comprometimento da prefeitura com a realização de podas constantes.

Ele afirmou que, neste ano, foi feita a remoção de 10 mil árvores, alegando que este é “um número bastante considerável”. No entanto, o prefeito lamentou que rajadas atípicas afetaram a cidade – sendo que algumas chegaram a mais de 100 km/h – e que o temporal acometeu até mesmo “árvores saudáveis”.

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Além disso, essas foram as maiores rajadas de vento que o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo já computou desde 1995, ano em que o serviço público passou a compilar essas informações.

Ainda, Ricardo Nunes declarou que vai solicitar para a Enel um plano de contingência com o objetivo de refrear novos desastres decorrentes das mudanças no clima. “A prefeitura está se preparando, eu preciso que a Enel também se prepare”, acrescentou.

*Texto sob supervisão de Barbara Câmara.

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