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“O que me fez começar este trabalho foi a indignação”. Assim, decidida a fazer algo pelas pessoas que sofriam com a seca no sertão nordestino, Alcione Albanesi, em 1993, reuniu um grupo de amigos para realizar ações solidárias. Inicialmente, levou itens de necessidade básica, como alimentos, roupas, brinquedos, colchões e cadeiras de rodas.
“Parecia um país dentro do nosso país. As pessoas sem absolutamente nada, as crianças nuas ou com as roupinha rasgadas, a falta de energia elétrica… Eles nem sabiam em que ano estavam”, recorda Alcione.
Depois, observou a necessidade de atendimento médico, educação, emprego e renda desta população e foi atrás, sempre com o apoio da iniciativa privada.
Atualmente, cerca de 150 mil pessoas são beneficiadas em 300 povoados carentes dos estados de Alagoas, Pernambuco e Ceará. Porém, apesar da abrangência, Alcione lembra que o trabalho não pode parar: “Continuamos a levar alimentos, água e atendimentos de saúde, pois a miséria nessa região é secular e emergencial, mas estamos transformando a realidade e construindo um futuro diferente com educação e geração de trabalho e renda”.
Alcione Albanesi conta que passa boa parte do mês no sertão acompanhando as ações da ONG. A alegria que sente ao ajudar estas pessoas é algo inexplicável e faz parte do seu propósito de vida. Para ela, é uma missão que precisa da ajuda de toda a sociedade: “Minha maior alegria é ver como estamos impactando na vida deles”.