pena reduzida

Alexandre Nardoni pode cumprir regime aberto em abril; mãe de Isabella se pronuncia

O detento conseguiu reduzir seu tempo carcerário em quase mil dias, após rotinas incessantes de trabalho na penitenciária e leitura de livros

Alexandre Nardoni, condenado, em 2008, a mais de 30 anos pelo assassinato de sua filha, Isabella, terá a chance de cumprir o resto de sua pena em regime aberto a partir de 6 de abril de 2024.
Pai de Isabella foi condenado a 30 anos – Créditos: Reprodução

Alexandre Nardoni, condenado, em 2008, a mais de 30 anos pelo assassinato de sua filha, Isabella, terá a chance de cumprir o resto de sua pena em regime aberto a partir de 6 de abril de 2024. O detento conseguiu reduzir seu tempo carcerário em quase mil dias, após rotinas incessantes de trabalho na penitenciária e leitura de livros. Ambas atividades são contempladas no Código Penal como redutoras de pena, como, por exemplo, quatro dias a cada livro lido e analisado, por meio de resenha, pelo detento.

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Nardoni já experimentará o sabor da liberdade por cinco dias na próxima quinta-feira (14), após ter uma de suas cinco “saídas temporárias”, benefício incluso para presos em regime semiaberto, autorizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Alexandre cumpre sua pena em semiaberto desde 2019, que o permite realizar trabalhos fora do presídio com o intuito de ressocialização. No caso de Nardoni, ele auxilia na produção de carteira e cadeiras escolares, fechaduras e pastilhas desinfetantes para vaso sanitário na Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap).

Eu me sinto ofendida

Em conversa com a apresentadora Patrícia Poeta, no programa Encontro, da Rede Globo, Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, rechaçou a decisão de conceder liberdade ao ex-marido. “Como mãe e até em memória da minha filha. A gente sabe que vai acontecer, mas não espera que isso aconteça”, constatou na manhã desta terça-feira (12).

“Graças a Deus a Justiça na época foi feita e eu tive essa oportunidade porque a gente sabe quantos casos hoje isso não acontece. Mas é bem pouco tempo 16 anos pro tamanho do crime que aconteceu. E saber que minha filha não vai voltar, saber que minha filha não tem essa oportunidade. Ela não vai voltar, ela não vai viver”, relembra a mãe, que hoje é bancária e tem dois filhos, um menino e uma menina.

Madrasta já é livre

Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella e cúmplice no crime, condenada a 26 de prisão, já desfruta do benefício de regime aberto desde junho de 2023. Apesar das regras do regime proibirem atividades como eventos noturnos e viagens a outros municípios, a Justiça já concedeu em mais de uma ocasião, exceções para que ela participasse, por exemplo, da formatura do filho.

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À época de sua soltura, Ana Carolina Oliveira lamentou a decisão ao g1: “Não tenho muito o que falar. Triste a decisão. Lamentável saber que nossa lei dá esses direitos”.

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